A indústria de fundos registrou resgate líquido de R$ 162,9 bilhões em 2022. O valor representa uma queda de 139,5% ante o saldo positivo de R$ 412,5 bilhões em 2021, conforme dados divulgados hoje (5) pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima).
O patrimônio líquido do setor chegou a R$ 7,4 trilhões em 2022, o que representa alta de 7,1% na comparação com o ano anterior (R$ 6,9 trilhões).
A classe com maior saída de recursos foi a de multimercados, com resgate líquido de R$ 87,6 bilhões em 2022, seguidos de fundos de ações (resgate líquido R$ 70,4 bilhões) e renda fixa (resgate líquido de R$ 48,9 bilhões).
No lado positivo, os fundos de investimento em direitos creditórios (FIDCs) tiveram captação líquida de R$ 12,6 bilhões em 2022, acompanhados pelos fundos de índice (ETFs, na sigla em inglês), que terminaram o ano com o saldo de R$ 366,3 milhões.
Análise de ofertas públicas pela Anbima mudou em 2023
Na segunda-feira (2) teve início a mudança na análise de ofertas públicas pela Anbima. O convênio da entidade com a Comissão de Valores Mobiliários, em vigor há 15 anos, foi atualizado para adaptação às Resoluções 160 e 161 da autarquia.
Uma das grandes mudanças está no fluxo de análise dos documentos das operações: as solicitações de ofertas que passarem por verificação na Anbima poderão ter registro automático na CVM.
Em nota, o superintendente de Supervisão de Mercados da Anbima, Guilherme Benaderet, destaca que “o principal ganho é de agilidade, já que haverá uma importante redução no tempo de análise dessas ofertas”.
Os novos prazos da Anbima vão de cinco a 10 dias úteis para a avaliação das emissões de ações, e de até 12 dias úteis para os títulos de renda fixa e fundos imobiliários. Atualmente, na CVM, o processo pode levar de 20 a 33 dias úteis.
A Anbima lembra que esses prazos não consideram o tempo para as instituições realizarem possíveis ajustes a partir do que for apontado nas análises.
Com informações do Estadão Conteúdo