A Invepar (IVPR3) e a Concessionária do Aeroporto Internacional de Guarulhos (GRU Airport) confirmaram ontem que a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) aprovou a revisão extraordinária do contrato de concessão. A decisão foi motivada pelos impactos econômicos decorrentes da pandemia do coronavírus para o setor de aeroportos.
O valor a ser reconhecido pela agência é de R$ 854,9 milhões. O montante, após aprovação formal da Secretária Nacional de Aviação Civil (SAC), será descontado do valor da outorga fixa, como usualmente é realizado em processos de reequilíbrios de GRU Airport.
No final da tarde, a diretoria da Anac anunciou que foram aprovadas as revisões extraordinárias dos contratos de concessão de quatro aeroportos por causa dos impactos econômicos da pandemia de covid-19. Os terminais que foram beneficiados nesta avaliação foram os aeroportos internacionais de Guarulhos, Brasília, Salvador e Confins. No total, o montante de reequilíbrio aprovado foi de R$ 1,27 bilhão.
De acordo com a decisão da Anac, aeroporto de Brasília terá revisão de R$ 184,8 milhões, enquanto Salvador terá de R$ 114,9 milhões e Confins de R$ 111,1 milhões.
Segundo fato relevante divulgado pelas empresas, ainda são estudadas e analisadas as opções para a recomposição das condições econômico-financeiras do contrato de concessão no longo prazo.
Setor de aeroportos tem sofrido impacto da pandemia
No último dia 20, a Anac divulgou os dados de outubro do setor aéreo brasileiro. De acordo com a instituição, o setor tem diminuído as perdas nos principais indicadores após forte retração provocada pela pandemia do novo coronavírus.
No mês de outubro, embora tenha ocorrido redução de 44% na demanda e 41% na oferta em comparação com mesmo período de 2019, os dados apontam aumento no número de voos e de passageiros transportados em relação aos meses anteriores. Por outro lado, a recuperação do mercado internacional tem acontecido de forma mais lenta, o que impacta o setor de aeroportos.
(Com Estadão Conteúdo)