Americanas (AMER3) registra queda de 3,4% em caixa disponível em julho; Confira números
A Americanas (AMER3) registrou uma queda no caixa disponível de 3,4%, ao passar de R$ 1,464 bilhão registrados em junho, para R$ 1,405 bilhão, em julho. As informações constam do relatório de atividades mensais da companhia divulgado pelos administradores judiciais.
Segundo o documento, a dívida da Americanas (AMER3), que está em recuperação judicial, em julho era de R$ 20,628 bilhões. Na moeda americana, a dívida era de US$ 1,068 bilhão. Os dados não incluem o endividamento bancário associado ao risco sacado.
O prazo médio dos produtos em estoque foi de 108 dias em julho, o que representa uma redução ante os 122 dias registrado no mês anterior. O prazo de recebimento de clientes atingiu 40 dias em julho, acima, portanto, dos 37 dias registrado em junho.
O total investido pelo Grupo Americanas em julho de 2023 foi de R$ 7,275 milhões, abaixo dos R$ 9,076 milhões investidos em junho. Em julho, o canal digital não recebeu investimentos.
O documento informa ainda que a Americanas encerrou julho com 1.819 lojas, ante 1.830 lojas em funcionamento ao final de junho.
O número de clientes ativos era de 48.184.789 ao final de julho, 1% menor que o número de clientes mantidos ao final de junho.
Americanas: negociações de delação premiada estão em curso
Na terça-feira passada (15), o procurador do Ministério Público Federal (MPF) José Maria Panoeiro, responsável pela investigação da fraude contábil que levou ao rombo de mais de R$ 20 bilhões da Americanas (AMER3), disse que existem negociações em curso para acordos de delação premiada na condução das investigações.
Em audiência pública da Comissão de Inquérito Parlamentar (CPI) da Câmara dos Deputados que investiga o caso, Panoeiro disse que, no caso da varejista, as apurações mostram possibilidade de delito de ação criminosa, associação criminosa, falsidade ideológica e insider trading.
“Costumo dizer que, em delitos de empresas, a cadeia decisória da companhia normalmente é envolvida”, disse ele aos parlamentares.
Para ele, cargos como os de CEO, diretor presidente, diretor financeiro, diretor de controladoria e de relações com o mercado são exemplos de executivos que, pela sua experiência, teriam conhecimento de uma fraude da magnitude da Americanas.
“Ficam perguntas sobre o conhecimento e participação a acionistas de referência”, afirmou Panoeiro, na audiência da CPI da Americanas.
Com informações do Estadão Conteúdo