Americanas (AMER3): três diretores deixam a empresa; veja quais
Três diretores da Americanas (AMER3) estão deixando a companhia, segundo informações da coluna do Lauro Jardim, d’O Globo.
Todos os três membros da diretoria da Americanas assumiram cargos ainda em 2023, após o escândalo contábil da varejista.
Veja abaixo os diretores da Americanas que deixaram seus cargos:
- Aleksandro Pereira, diretor comercial, desde maio no posto
- Edson Shimada, diretor de sourcing, também desde maio no cargo
- Eduardo Gabardo, diretor de operações de lojas físicas, funcionário da Americanas há 18 anos
Safra pede anulação do plano de recuperação judicial da Americanas
O Banco Safra, que não assinou o acordo firmado entre a Americanas e banco credores em novembro, partiu novamente ao ataque e questiona a legalidade do plano de recuperação judicial (PRJ) da rede de varejo.
Em petição de 44 páginas nesta segunda-feira, 4, na Justiça, obtida pelo Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado), o banco pede a anulação do plano e fala que o acordo com credores tem cinco tentativas de fraude.
O questionamento do Banco Safra na Justiça repercutiu entre investidores e a ação da varejista aumentou perdas na Bolsa, caindo 1,08%, a R$ 0,92%.
O plano de recuperação judicial da Americanas “encobre ilícitos civis, contábeis e criminais”, destaca a petição dos advogados do Safra, que tem R$ 2,5 bilhões a receber do grupo varejista. Para os advogados, o objetivo claro da Americanas, ao fazer uma “corrida” e tentar aprovar “a fórceps” o plano no “encerrar das luzes de 2023” se dá pela busca de benefícios tributários exclusivos, para a própria rede de varejo e “instituições financeiras coniventes com a fraude”. A assembleia de credores está marcada para o dia 19 deste mês.
Na petição, os advogados do Safra questionam “graves ilegalidades” e argumentam que elas podem anular todo o PRJ da Americanas. Neste ponto, mencionam cinco tentativa de fraudes encobertas no acordo firmado entre os credores – Bradesco (BBDC4), Santander (SANB11), BTG Pactual (BPAC11) e Itaú Unibanco (ITUB4).
Uma das tentativas de fraude é o compromisso que os bancos firmaram no acordo de não litigar contra a varejista e os acionistas de referência da Americanas – Paulo Lemann, Marcel Telles e Carlos Alberto Sicupira.
Os advogados do Safra argumentam que os credores precisaram renunciar aos seus direitos constitucionais para fazerem jus à opção de pagamento, o que, além de ser uma “coação”, é ilegal, pois é garantido pela Constituição o direito à ação na Justiça. “Nada mais absurdo”, conclui o texto.
Varejista terminou outubro com caixa disponível final de R$ 1,104 bilhão
A varejista, em recuperação judicial, encerrou o mês de outubro com caixa disponível final R$ 1,104 bilhão, 7,62% menor que o registrado no mês anterior, segundo relatório de atividades mensais da companhia divulgado pelos administradores judiciais.
Segundo o documento, a dívida da Americanas em outubro era de R$ 21,177 bilhões. Na moeda americana, a dívida era de US$ 1,068 bilhão. Os dados não incluem o endividamento bancário associado ao risco sacado.
Durante o mês de outubro, assim como ocorre desde julho, não houve desembolso para pagamento de dívidas. Nos últimos 12 meses, a empresa desembolsou R$ 891,234 milhões para pagamento de dívidas em reais e US$ 20,675 milhões para o pagamento das dívidas em dólares.
O documento explica que os pagamentos registrados a partir de fevereiro de 2023, após o deferimento da recuperação judicial da Americanas, referem-se às parcelas de amortização e juros do empréstimo junto ao Finame.
O total investido pelo Grupo Americanas em outubro de 2023 foi de R$ 14,589 milhões, bem abaixo dos R$ 24,948 milhões investidos em setembro. Em outubro, o canal digital da Americanas não recebeu investimentos.