Enquanto empresas como PRIO, ex-PetroRio (PRIO3), e BB Seguridade (BBSE3) brilharam na Bolsa brasileira nos últimos doze meses, negócios como Americanas (AMER3), CVC (CVCB3) e Hapvida (HAPV3) tornaram-se os patinhos feios do mercado financeiro. De acordo com um mapeamento feito pela Quantzed a pedido do Suno Notícias, essas três empresas tiveram tombos superiores a 70% em suas ações ao longo dos últimos doze meses.
No recorte entre 14 de abril de 2022 a 14 de abril de 2023, as ações da Americanas derreteram 96,20% na Bolsa brasileira. De abril até dezembro de 2022, os papéis já haviam caído mais de 60%.
Porém, com a revelação do rombo bilionário que culminou na recuperação judicial da Americanas, a pá de cal foi derrubada sobre os papéis, que tombaram 87,8% do início do ano até a última sexta.
Em segundo lugar no ranking negativo aparecem as ações da CVC, com uma desvalorização de 77,56%. “Apesar do setor de turismo ter mostrado uma boa recuperação, a empresa não tem conseguido cortar custos na velocidade da queda das receitas. O negócio tem enfrentado problemas com uma despesa financeira alta, pois tem uma dívida alta”, detalha Leonardo Piovesan, analista da Quantzed.
Então, ela teve que passar por negociação de debêntures para não ficar inadimplente e, além disso, a empresa tem passado por sucessivos aumentos de capital com o objetivo de conseguir financiar o capital de giro necessário para retomar o crescimento.
A medalha de bronze do ranking de ações com maiores quedas nos últimos doze meses ficou com a Hapvida, que tombou 75,34%.
“Além disso, o resultado operacional tem se deteriorado bastante nos últimos doze meses, principalmente por causa da alta das despesas com os sinistros médicos”, complementa o analista.
Maiores quedas da Bolsa
Segundo o levantamento, as 10 maiores quedas da Bolsa nos últimos doze meses foram as seguintes:
- Americanas (AMER3): 96,20%;
- CVC (CVCB3): 77,56%;
- Hapvida (HAPV3): 75,34%;
- IRB Brasil (IRBR3): 74,58%;
- Qualicorp (QUAL3): 71,58%;
- Alpargatas (ALPA4): 66,49%;
- Petz (PETZ3): 64,78%;
- Marfrig (MRFG3): 63%;
- BRF (BRFS3): 61%;
- GOL (GOLL4): 58,8%.
No caso da Americanas, conforme reportado pelo Suno Notícias, um dos últimos capítulos da crise é a revolta dos acionistas minoritários. Clique e confira!
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