Americanas (AMER3) desperta revolta em acionistas minoritários; saiba por quê

A Americanas (AMER3) conseguiu acalmar os ânimos dos bancos, mas tem um problema a resolver com os acionistas minoritários. Segundo informações divulgadas nesta quinta (13), esse grupo de investidores está revoltado com a empresa, que marcou a eleição do novo conselho de administração para o dia 29 de abril, um sábado, via teleconferência.

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De acordo com a apuração do jornal Valor Econômico, os acionistas minoritários da Americanas querem ter mais voz nas discussões sobre a crise da varejista, que está em recuperação judicial com débitos superiores a R$ 40 bilhões. Uma das últimas movimentações neste grupo foi protagonizada pelo empresário Silvio Tini, da Bonsucex. Ele se aliou a fundos na campanha pró-voto múltiplo na assembleia.

No sistema solicitado por Tini, cada ação da Americanas dá direito a votos na mesma quantidade de membros do conselho – ou seja, caso o conselho de administração siga com sete membros, cada acionista terá sete votos nesta eleição, sendo que eles podem ser direcionados em um candidato ou dispersos entre vários.

O sistema foi criado para possibilitar que os minoritários tenham representantes nos conselhos e pode ser solicitado quando 5% dos acionistas pedem este modelo. Assim, a união entre fundos e investidores torna-se essencial para essa mudança logística na votação.

Segundo a reportagem, além de ter mais voz ativa, os minoritários desejam acompanhar as discussões com os credores da Americanas e reforçar as cobranças em prol da governança da companhia.

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Guerra entre Americanas e bancos tem trégua

Na terça (11), a empresa fechou um acordo com seus credores para, de forma temporária, suspender suas disputas judiciais. “Em que pese ainda não haver acordo com seus credores financeiros em relação à última proposta apresentada, a companhia segue empenhada em manter negociações construtivas com seus credores em busca de uma solução sustentada que permita a continuidade de suas atividades”, afirmou a empresa no comunicado publicado na Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

Com essa sinalização positiva, as ações da Americanas fecharam o pregão de quarta (12) em alta de 16,5%, ao preço de R$ 1,20.

Por volta do 12h15 desta quinta, os papéis da Americanas registravam queda de 0,83%, ao preço de R$ 1,19. Como essas ações possuem baixos valores, qualquer oscilação positiva ou negativa torna-se acentuada em números percentuais.

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Erick Matheus Nery

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