Americanas (AMER3): BTG Pactual (BPAC11) e Santander (SANB11) rejeitam plano de recuperação judicial

Após a apresentação da proposta de pagamento da Americanas (AMER3), em seu processo de recuperação judicial, os credores da varejista puderam se mostrar a favor ou contra o documento até esta quarta-feira (19), conforme protocolo na Justiça.

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Segundo o jornal Valor Econômico, algumas das instituições que se opuseram ao plano de pagamento foram BTG Pactual (BPAC11) e Santander (SANB11). Além disso, também se mostraram contra a proposta apresentada pela Americanas 30 gestoras e fundos de investimentos, assim como a Virgo Companhia de Securitização.

Conforme aponta a lista de credores da Americanas mais atualizada, a dívida da varejista com o BTG Pactual é de R$ 3,5 bilhões. Enquanto isso, o Santander também tem um total de R$ 3,5 bilhões para receber da empresa.

Uma das objeções protocoladas na Justiça contou com as assinaturas de 10 gestoras. Um grupo de 20 gestoras e fundos de investimento também entregou um termo em conjunto opondo-se ao plano de recuperação judicial da Americanas, inclusive com a presença da Oliveira Trust DTVM.

O BTG Pactual discordou de 7 pontos da proposta da Americanas. Um deles se refere à projeção da Americanas de aumento de capital de “somente” R$ 10 bilhões. Além disso, o banco destacou sua discordância sobre o ponto de “deságio não inferior ao percentual de 60% previsto para as modalidades de pagamento dos credores quirografários”.

Já o Santander disse que o plano da Americanas se limita a “descrever o contexto geral da economia brasileira e do mercado de comércio eletrônico/varejo”.

Desse modo, o banco acredita que a proposta não mostra “as razões pelas quais seria numericamente razoável esperar que as soluções propostas no plano de recuperação judicial levariam ao soerguimento das recuperandas e/ou seriam as menos gravosas ao patrimônio de seus credores”.

Americanas anuncia mudança de auditor independente; Veja os motivos

Na última segunda-feira (17), a Americanas informou que seu conselho de administração deliberou pela mudança de seus auditores independentes, cujos trabalhos estavam até o momento sob a responsabilidade da PwC.

A decisão foi tomada, segundo a varejista, após tentativas sem êxito de propor à PwC cautelas adicionais para a condução dos trabalhos de auditoria das demonstrações financeiras a serem refeitas.

Além disso, a Americanas ressaltou a necessidade de se divulgar ao mercado demonstrações financeiras auditadas que tenham um alto grau de confiabilidade e em prazo compatível com as necessidades de informações do mercado e dos credores da empresa.

Por fim, a Americanas destaca que a decisão não antecipa qualquer juízo de valor a respeito do trabalho da PwC até o momento, mas tem como objetivo fazer com que as demonstrações financeiras auditadas da empresa sejam concluídas e divulgadas de forma adequada.

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João Vitor Jacintho

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