Em comunicado ao mercado, a Americanas (AMER3) negou ter ‘previsão de uma data para a conclusão de negociação com credores’. A varejista se pronunciou após notícias na imprensa citarem informações de bastidores que apontariam para um fechamento do acordo em meados de setembro.
Segundo as informações do Estadão, o ‘prazo’ de setembro se dá pelo fato de que, após isso, a Americanas teria pouco caixa e problemas operacionais graves caso não chegasse a um acordo com credores.
Até lá, a expectativa é de que ambas as partes façam ajustes finos no acordo.
Ainda na véspera a varejista entregou seu plano de recuperação judicial à Justiça carioca, e recentemente tem comunicado alguns avanços no acordo com os credores.
Um deles é o do aumento de capital, que será feito pelos acionistas de referência – Lemann, Telles e Sicupira – em uma cifra de R$ 10 bilhões de imediato, podendo ter mais dois lotes de R$ 1 bilhão a depender da liquidez e da alavancagem da empresa.
Nesse sentido, os patamares de liquidez e alavancagem que liberam esse bilhões ‘ainda serão detalhados oportunamente’.
Além disso, também ficou acertado que os acionistas de referência ficarão impossibilitados de vender ações da Americanas por um determinado tempo (lock-up). Ou prazo, contudo, ainda não foi definido, mas informações de bastidores apontam para algo em torno de três anos.
Por fim, a varejista destacou que a empresa já teve um incremento no caixa com uma transação com os acionistas de referência.
“A Americanas já sacou R$ 1bilhão da linha de DIP de R$ 2bilhões, concedida por seus acionistas de referência, que ofereceram as melhores condições em processo competitivo conduzido pela Companhia, restando ainda um saldo de R$1bilhão para suprir eventuais necessidades de recursos da Americanas antes da solução definitiva de sua estrutura de capital“, diz o comunicado.
Cotação das ações da Americanas
Cotação AMER3