A Americanas (AMER3) informou nesta quinta (11) que o prejuízo líquido aumentou 15,6% no segundo trimestre do ano, em relação ao mesmo período em 2021. A varejista, que havia reportado uma baixa de R$ 85 milhões no segundo trimestre do ano passado, agora amarga um resultado negativo de R$ 98 milhões.
A receita líquida da Americanas, no entanto, teve alta de 6,7% no acumulado de um ano, chegando ao patamar de R$ 6,6 bilhões. O lucro bruto no período também avançou: 8,1%, para R$ 2 bilhões.
O grupo Americanas S.A. destaca que o segundo trimestre marca um ano da fusão das Lojas Americanas com o e-commerce B2W, e agora conta com 3,5 mil lojas ativas no país. A empresa celebra, ainda, a retomada gradual do comércio presencial, responsável por aquecer as vendas em 27% em relação aos intervalo entre abril e junho de 2021.
Desta forma, o GMV (volume bruto total de mercadorias) alcançou R$ 13,9 bilhões, alta de 10,4%. A principal participação veio do ambiente digital, em que as saídas totalizaram R$ 10,4 bilhões, crescendo 5,7% no ano, entre mercadorias próprias e de parceiros. O GMV físico foi de R$ 3,5 bi.
O Ebitda da Americanas (lucro antes de juros, impostos e amortizações) chegou a R$ 843,2 mi, desempenho positivo de 29,2%. A margem Ebitda acompanhou o nível e cresceu 2% para 12,6%.
“A retomada do varejo físico, o resultado positivo da fintech Ame, a integração das empresas adquiridas e os ganhos obtidos com a combinação dos negócios explicam o crescimento de 2,2 pontos percentuais da margem Ebitda, que alcançou 12,6% da receita líquida no 2T22”, escreve o conselho de administração.
O endividamento bruto da Americanas foi de R$ 14,4 bilhões, anotando uma leve queda em comparação aos R$ 14,5 bi do ano passado. A empresa reporta que tem R$ 11,2 bi em caixa, o que deixa e companhia com uma dívida líquida de R$ 3,1 bi ante os R$ 3,4 bi anteriores.
O resultado financeiro líquido atingiu R$ 555 milhões negativos, crescimento de 107,5% em relação ao mesmo período de 2021. “O resultado reflete basicamente os efeitos da elevação da taxa básica de juros“, explica a Americanas.
Cotação das Americanas
No fechamento do pregão da B3, a Americanas teve queda de 9,41%, terceira maior queda no dia, com as ações cotadas a R$ 13,21.