Americanas (AMER3) mostra plano de recuperação judicial com aporte de R$ 10 bilhões e ‘venda massiva de ativos’

A Americanas (AMER3) informou no final da noite desta segunda-feira (20) que seu Conselho de Administração aprovou os termos e condições do plano de recuperação judicial.

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O plano de recuperação judicial da Americanas apresentado à 4ª Vara Empresarial da Comarca da Capital do Estado do Rio de Janeiro inclui um aumento de capital no valor de R$ 10 bilhões.

Esse aporte ainda está em meio a um imbróglio, já que o valor foi proposto pelos acionistas de referência e recusados pelos credores em uma ocasião anterior. A expectativa, segundo a Bloomberg, era de uma injeção de R$ 12 bilhões.

Além disso, o documento cita uma venda de ativos por parte da varejista, que sofre em uma batalha com credores desde a revelação das inconsistências contábeis que abriram as portas da crise.

As vendas devem incluir o Hortfruti Natural da Terra, um jato, o grupo Uni.co e a participação na Vem Conveniência, joint venture com a Vibra Energia (VBBR3).

A varejista também deve usar até R$ 2 bilhões dos recursos provenientes das alienações de ativos como uma forma de maximizar a redução de sua dívida remanescente, sendo o primeiro R$ 1 bilhão levantado destinado à recompra de dívida a mercado e o saldo dos recursos levantados, limitados a R$ 1 bilhão, para recompra de dívida subordinada.

A meta da dívida da Americanas, assim, é de R$ 4,9 bilhões.

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Sobre o passivo da empresa, o plano de recuperação judicial prevê reestruturação e equalização mediante alteração no volume, prazo, encargos e forma de pagamento de créditos concursais.

No caso de Credores Trabalhistas e ME e EPP, a Americanas pretende quitar os passivos levando em conta os termos originais em até 30 dias contados da data de homologação do Plano de Recuperação Judicial.

Já no caso do segmento de credores quirografários, os credores fornecedores com créditos até R$ 12 mil serão pagos em até 30 dias contados da data da homologação do plano.

Dívida da Americanas

Segundo informações mais recentes da Reuters, a dívida atual da Americanas ultrapassa os R$ 50 bilhões. O valor é maior do que o inicialmente proposto, de R$ 41,2 bilhões e, depois, de R$ 42,5 bilhões, nas atualizações após a revelação das incosistências contábeis.

A administração judicial do caso deve dar mais detalhes sobre em breve.

Em até 150 dias, a Americanas deve convocar uma assembleia de credores para aprovar o plano de recuperação judicial.

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Eduardo Vargas

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