Americanas (AMER3) perde R$ 1 bi em valor de mercado e desaba no Ibovespa hoje
Após o site da Americanas (AMER3) ficar fora do ar por mais de 24 horas, as ações da empresa figuraram no ranking de quedas do Ibovespa hoje, fechando em queda de 6,61%, a R$ 31,49.
O site do Submarino, controlado pela companhia, também estava fora do ar.
Com a queda no site da Americanas, a empresa perdeu aproximadamente R$ 1,27 bilhão em valor de mercado nesta segunda-feira (21), montante total de R$ 28,64 bilhões. No último fechamento, na sexta-feira passada, o valor era de R$ 29,91 bilhões.
A Americanas soltou dois comunicados, arquivados na Comissão de Valores Mobiliários (CVM). O primeiro foi divulgado na madrugada de sábado, quando a empresa informou que havia suspendido parte dos servidores, como prevenção, por causa de tentativa de acesso não autorizado à página da Americanas.
No sábado, os sites Americanas e Submarino já tinham apresentado instabilidade, mas a operação foi retomada por volta das 15h.
Na opinião da Ativa Investimentos, apesar da queda ser intensa no momento, a Americanas agiu positivamente com a situação e até então, não parece ter sofrido com vazamento de dados sensíveis.
“Supondo que a Americanas consiga voltar para ficar 100% online, nós temos um upside bastante relevante para o papel”, afirma o analista de renda variável Felipe Vella, da Ativa Investimentos. “[A situação] é mais ruído de curto prazo. O papel marcou uma máxima de R$ 36,19, chegou a cair mais de 10% dessa nível por conta de tudo que aconteceu, mas a gente vê espaço de voltar ali para a casa de R$ 35 no curto prazo, caso não tenhamos novos desenrolares na história”.
“A companhia atua com recursos técnicos e especialistas para avaliar a extensão do evento e normalizar com segurança o ambiente de e-commerce o mais rápido possível”.
O segundo comunicado foi pouco antes do início da tarde desta segunda, informando que “voltou a suspender proativamente parte dos servidores do ambiente de e-commerce na madrugada deste domingo e acionou prontamente seus protocolos de resposta assim que identificou acesso não autorizado”.
As lojas físicas da Americanas não tiveram suas atividade interrompidas e permanecem operando.
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Magalu (MGLU3), Via (VIIA3) e Americanas (AMER3): Citi corta preço-alvo das varejistas
Em um ano desafiador para o setor de comércio eletrônico, o Citi cortou os preços-alvos das varejistas Americanas (AMER3), Magazine Luiza (MGLU3) e Via (VIIA3), com os analistas sinalizando um 2022 com pouco potencial de ganhos para as empresas.
Além do tópico sobre o cenário macroeconômico que derrubou o poder de compra dos brasileiros, os analistas do Citi também pontuaram sobre outros fatores que podem prejudicar as varejistas neste ano. São eles:
- comparação com 2021: as empresas cresceram mais de 33% no último ano, logo, o comparativo dos resultados trimestrais serão fortes;
- competição com chinesas: a disputa por market share pode fazer com que as varejistas brasileiras ponderem sobre manutenção de investimentos em crescimento ou manutenção de margens.
A Via (VIIA3), passou por uma redução de preço-alvo de R$ 8 para R$ 5, com um potencial de alta de 15,2% frente o fechamento de R$ 4,12, na sexta-feira (11).
Magazine Luiza (MGLU3): Teve preço-alvo reduzido de R$ 7 para R$ 6,80, equivalente a um potencial de valorização de 2% frente o último fechamento (R$ 6,35).
Por fim, Americanas (AMER3): Citi rebaixou o preço-alvo de R$ 79,56 para R$ 48, um potencial de alta de 41% frente o último fechamento (R$ 32,54). As três varejistas possuem recomendação neutra para suas ações.