‘Novela’ da Americanas (AMER3) com credores está perto do fim, diz jornal

As negociações entre a Americanas (AMER3) e seus credores está perto de terminar, segundo apuração do jornal Valor Econômico.

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Segundo fontes a par do assunto, os bancos não devem sangrar com o fato relevante divulgado recentemente, em que a Americanas admite fraude e culpa a diretoria anterior.

Ou seja, os termos dos acordos com os credores devem seguir os mesmos. A leitura dos bancos é de que o relatório apresentado é “algo interno e da administração”, e não tem impacto concreto nas negociações de dívida e afins.

A origem fraudulenta do rombo fez com que, após a revelação do escândalo contábil, bancos entrassem em ofensiva contra a Americanas,

Contudo, desde meados de abril ambas as partes estão em trégua.

A expectativa é de que até o fim do mês saia o acordo entre os credores e a Americanas, com parcelamento e desconto da dívida bilionária da empresa – prevendo parte do pagamento em debêntures em ações.

Além disso, conforme reportado pelo Suno Notícias, o trio de acionistas de referência – Jorge Paulo Lemann, Carlos Alberto Sicupira e Marcel Telles – devem injetar R$ 10 bilhões de imediato e ficarem proibidos de vender ações da Americanas por cerca de 3 anos.

Nova lista de credores

Além deste comunicado, nesta quarta (14) a Americanas também atualizou sua lista de credores. Você pode ler o documento de 586 páginas aqui.

Dentre os bancos, destaca-se a dívida de R$ 4,9 bilhões ao Bradesco (BBDC4) e R$ 3,5 bilhões devidos ao BTG Pactual (BPAC11).

Além disso, são R$ 1,5 bilhões devidos ao Banco do Brasil (BBAS3) e R$ 3,5 bilhões devidos ao Santander (SANB11).

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Entenda a admissão de fraude da Americanas

A Americanas, em fato relevante na véspera, destacou que suas investigações internas apontaram que houve fraude por parte da diretoria.

O relato é fruto de um parecer elaborado por assessores jurídicos da Americanas, no âmbito de seus procedimentos que foram iniciados após a descoberta de um rombo contábil no início deste ano.

Além da fraude, os antigos diretores teria feito esforços para ocultar os atos das autoridades e do Conselho de Administração da empresa.

O relatório indica participação na fraude da Americanas do ex-CEO Miguel Gutierrez e de outros seis diretores e executivos da companhia.

Vale destacar que Gutierrez foi desligado no fim de 2022 e os outros diretores já foram afastados.

A orientação dada pelo Conselho de Administração foi de que a Americanas deve ‘apresentar o relatório às autoridades competentes’ e avaliar quais medidas tomar para ressarcir os danos causados pela fraude nos balanços contábeis.

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Eduardo Vargas

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