Enquanto as ações da Americanas (AMER3) evaporam por causa do processo de recuperação judicial, o Morgan Stanley (MSBR34) aproveitou a oportunidade e aumentou sua participação na varejista. Agora, o banco norte-americano possui cerca de 5,2% dos papéis da companhia de Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Carlos Alberto Sicupira.
Em comunicado publicado na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) na última terça (31), o banco ressaltou que a operação “não objetiva alterar a composição do controle ou estrutura administrativa da companhia”.
O movimento vai na contramão de gestoras como a BlackRock, que reduziu sua participação acionária na Americanas para 0,11% na semana passada.
Em janeiro, com a explosão do escândalo contábil, as ações da Americanas caíram 80,62%.
Recuperação judicial da Americanas
A recuperação judicial da Americanas tem mais dívidas do que a própria companhia imaginava. Segundo informações divulgadas na quarta (1º), um pente fino nas contas da varejista identificou R$ 6,6 bilhões a mais em débitos. Assim, o valor total do rombo saltou de R$ 41,2 bilhões para R$ 47,9 bilhões.
Além disso, o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) colocou os e-mails da varejista sob sigilo e autorizou o compartilhamento dessas informações com a CVM. A Justiça havia determinado o recolhimento das conversas digitais do alto escalão da companhia após um pedido do Bradesco (BBDC4).
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Enquanto as inconsistências contábeis da Americanas são atualizadas, a empresa protagoniza uma intensa guerra judicial contra os bancos. No último capítulo deste embate, a varejista acusou o BTG Pactual (BPAC11) de participação e culpa no rombo bilionário.
Segundo uma reportagem do jornal O Estado de São Paulo, o BTG não teria repassado todos os dados dos ativos e passivos da Americanas para a auditoria PwC. Assim, os advogados da rival do Magazine Luiza (MGLU3) dizem que a atitude do banco contribuiu para a crise contábil.
Ao Suno Notícias, o banco de André Esteves classificou as acusações da Americanas como “levianas criações de narrativas”