Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Carlos Alberto Sicupira decidiram emprestar R$ 1 bilhão para a Americanas (AMER3). Segundo informações divulgadas nesta segunda (6), os acionistas de referência da varejista devem protocolar essa movimentação na 4º Vara Empresarial do Rio de Janeiro ainda hoje.
De acordo com a coluna do jornalista Lauro Jardim, do jornal O Globo, o dinheiro deve ser utilizado pela Americanas como capital de giro. Assim, as lojas seguirão em funcionamento, incluindo o pagamento dos fornecedores.
O empréstimo será realizado via um financiamento DIP, possibilidade que a varejista já havia informado ao mercado na última semana. A outra metade do empréstimo pode ser liberada por bancos ou fundos de investimento. Porém, esse cenário não está previsto no pedido que será encaminhado hoje à Justiça, de acordo com o colunista.
Atualmente, a varejista está em recuperação judicial e com o “nome sujo” na praça, com dívidas avaliadas em R$ 47,9 bilhões.
Crise na Americanas: Foi fraude?
O comitê independente instalado para investigar o escândalo da Americanas pode levar mais tempo do que o planejado inicialmente para finalizar seus trabalhos. Existem fortes indícios de que houve uma fraude contábil na varejista, de acordo com fontes do jornal O Estado de São Paulo.
“Não restam muitas dúvidas sobre a ocorrência de fraude“, decretou uma fonte ouvida pela Coluna do Broadcast.
De acordo com os interlocutores, as indicações apontam que as inconsistências contábeis avaliadas em R$ 20 bilhões eram praticadas “entre sete e oito anos”.
Assim, deve ser necessário mais tempo para aprofundar as apurações, verificar se não foram praticadas fraudes de outras naturezas e checar o grau de envolvimento da administração da varejista. Dessa forma, existe a possibilidade de que os trabalhos se arrastem por vários meses.
Por volta das 12h50 do Ibovespa hoje, as ações da Americanas operavam em alta de 7,36%, ao preço de R$ 1,75.
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