Após rumores de uma injeção de capital bilionária, a Justiça do Rio autorizou uma operação de financiamento por parte do trio de acionistas da Americanas (AMER3), Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Carlos Alberto Sicupira, de R$ 2 bilhões.
A injeção de capital na Americanas que foi autorizada pela 4ª Vara Empresarial da Comarca do Rio de Janeiro será a partir da emissão de debêntures títulos de dívida privada.
Essa injeção de capital aconteceria com duas frações de R$ 1 bilhão, com metade sendo injetada ‘imediata e emergencialmente’, e outro R$ 1 bilhão caso outros credores não tenham interesse em financiar a companhia.
Isso porque mais debêntures serão oferecidas aos atuais credores da Americanas com condições mais vantajosas, segundo a sentença judicial.
Advogados da Americanas defenderam, na disputa judicial, que o desembolso imediato de R$ 1 bilhão não traria prejuízos significativos aos credores.
Além disso, a Americanas ressaltou que o financiamento “é realizado em condições de mercado extremamente favoráveis à companhia e, inclusive, com remuneração definida com base no custo médio de financiamento”.
O comunicado da Americanas, arquivado na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), aponta que os bilhões injetados via debêntures da Americanas serão utilizados exclusivamente dentro do negócio e servem pra dar fôlego para a varejista no momento atual.
“Com os recursos do financiamento DIP, em conjunto com outras fontes de liquidez sendo exploradas pela companhia, incluindo a liberação de valores retidos por determinados credores, a companhia poderá manter seus investimentos em capital de giro, incluindo pagamento a fornecedores, empregados e parceiros”, diz.
Como é o financiamento da Americanas
Essa estrutura de financiamento da Americanas é conhecida como DIP (debtor-in-possession) – recorrente em casos de recuperação judicial.
“O Financiamento DIP não contará com garantias, terá um custo de até 128% do CDI e terá prazo de vencimento de 24 (vinte e quatro) meses”, diz o comunicado da Americanas.
Além disso, os títulos de dívida serão podem ser pré-pago sem qualquer penalidade, a critério da Americanas.