Americanas (AMER3): agência de classificação de risco diz que empresa “tem estrutura de capital insustentável”

Nesta sexta-feira (13), o Fitch Ratings, agência de classificação de risco, rebaixou a nota de crédito da Americanas (AMER3) na escala global de “BB” para “CC” e na escala nacional de “AA” para “CC”.

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Além disso, a S&P Global Ratings alterou o rating da Americanas em sua classificação de crédito em escala global para “BB” e, em escala nacional brasileira, para “brA”.

O rebaixamento ocorre depois que Americanas revelou, na quarta (11), ter detectado “inconsistências nos lançamentos contáveis estimadas no total de R$ 20 bilhões”, com data-base em 30/09/2022. O montante apontado é maior que o valor de mercado da própria varejista na Bolsa, que até então era de R$ 10 bilhões.

Nesta sexta-feira (13), segundo o colunista Lauro Jardim do jornal O Globo, a Americanas declarou à Justiça que tem dívidas no total de R$ 40 bi e pode pedir recuperação judicial.

Em fato relevante nesta sexta-feira (13), a Americanas explica o motivo do rebaixamento das agências de risco: ” Segundo a Fitch e a S&P, o rebaixamento é devido às incertezas geradas pela identificação das inconsistências contábeis.”

No relatório, a Fitch observa que é provável que a Americanas entre em um acordo de “standstill” com seus credores, dada “a estrutura de capital insustentável que existe agora e os danos à reputação ocorridos. “

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Um acordo de “standstill” consiste, segundo a auditoria BLB Brasil, que o devedor ter período para organizar e apresentar plano de ação para pagamento aos credores.

“As classificações da empresa seriam rebaixadas para ‘C’ se isso acontecer”, alerta a agência.

O Fitch explica que a estrutura de capital insustentável e a reputação prejudicada da Americanas prejudicam gravemente sua flexibilidade financeira e capacidade de lidar com obrigações operacionais e financeiras. “O apoio dos credores será fundamental para melhorar sua flexibilidade”, reiteram.

A Americanas poderia lutar operacionalmente para manter alguns de seus fornecedores existentes, dizem os analistas. Em sua visão, uma injeção de capital material em tempo hábil para evitar a inadimplência é altamente incerta.

Ações da Americanas

As ações da Americanas fecharam em alta de 15,81%, a R$ 3,15, após passar mais uma vez por leilões no Ibovespa.

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Ana Clara Macedo

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