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Americanas (AMER3) já fechou 29 lojas desde início da crise financeira em janeiro

Americanas - Foto: Wikimedia Commons

Americanas. Foto: Wikimedia Commons

Em meio à crise que culminou na recuperação judicial da Americanas (AMER3), 29 lojas da varejista já foram fechadas de janeiro até abril. De acordo com as informações divulgadas nesta quarta (24) pelo jornal Valor Econômico, quase metade da área da empresa encontrava-se ociosa no mês passado.

Segundo a reportagem, em abril a companhia fechou com um nível de ocupação de armazenagem de 54%. Um ano atrás, essa métrica era de 70%. Em fevereiro e março deste ano, o nível era de 43% e 44%, respectivamente. Uma das hipóteses para a maior ocupação dos centros de armazenagem em abril foi a realização da Páscoa, uma das principais campanhas da varejista.

Os balanços da Americanas correspondentes ao quarto trimestre de 2022 (4T22) e do primeiro trimestre de 2023 (1T23) ainda não foram divulgados. Assim, as informações sobre como a operação da varejista está atualmente são limitadas.

O relatório de monitoramento disponibilizado pelo administrador judicial da Americanas aponta que o caixa total da Americanas em abril era de R$ 1,4 bilhão – dinheiro em aplicações, saldo bancário, títulos e valores mobiliários. Nesta cifra, está parte do empréstimo DIP de R$ 1 bilhão feito pelos acionistas de referência Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Beto Sicupira.

Esse valor no caixa da Americanas representa cerca de 38% da cifra que o negócio tinha em abril de 2022 — R$ 3,7 bilhões na ocasião.

Crise na Americanas

A varejista está em recuperação judicial com débitos que ultrapassam a casa dos R$ 40 bilhões. A crise contábil na Americanas explodiu no começo do ano, quando Sérgio Rial, então CEO da varejista, revelou ter encontrado inconsistências contábeis de R$ 20 bilhões.

Em uma audiência no Senado Federal, o atual CEO da varejista, Leonardo Coelho Pereira, disse que o plano de recuperação judicial da Americanas é “muito melhor” que o de outras empresas do varejo que já passaram por situação parecida.

Na quarta (17), a Câmara dos Deputados instalou uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar o caso. Procurada pelo Suno Notícias sobre esse tema em abril, a varejista disse estar à disposição das autoridades para responder questionamentos sobre o tema. Confira o posicionamento na íntegra:

A Americanas está sempre à disposição para responder a quaisquer questionamentos, sendo a maior interessada no esclarecimento dos fatos. A companhia reforça que, desde o Fato Relevante publicado em 11 de janeiro de 2023, várias medidas foram implementadas, incluindo a instauração de um comitê independente para apurar as circunstâncias que levaram ao fato e o afastamento dos diretores estatutários.

Americanas está ainda colaborando com todas as investigações que têm sido realizadas, tanto pela Comissão de Valores Mobiliários como outras autoridades e órgãos competentes e segue com seu compromisso de manter o mercado informado a respeito dos desdobramentos do caso relatado.

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