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Americanas (AMER3) começa a pagar R$ 4 bilhões em dívidas com 500 fornecedores

Americanas (AMER3)

Americanas (AMER3) - Foto: Divulgação

Um ano e três meses depois de entrar em recuperação judicial, a Americanas (AMER3) começou a pagar seus fornecedores e voltou a conseguir prazo para novas encomendas com essas empresas – incluindo grandes indústrias, que são seus tradicionais parceiros comerciais.

Ao todo, 500 empresas aderiram à categoria de “credor fornecedor colaborar”, estabelecida pelo plano de recuperação judicial da Americanas, que terão condições especiais para reaver dívidas e já começaram a receber recursos, de um total de R$ 4 bilhões reservados. O prazo limite para adesão terminou no último dia 13 de março.

Na prática, esses 500 fornecedores voltarão a vender para Americanas a prazo. “Estamos já fazendo pedidos com prazo de pagamento hoje”, disse ao Estadão/Broadcast o diretor de controladoria de operações da varejista, Gustavo Lobo.

Esse grupo de fornecedores representou mais de 70% das vendas nas lojas da rede em 2023. “Está garantido que nossas lojas vão continuar abastecidas, com variedade de produtos”, comentou Lobo. Segundo ele, a empresa já está pagando as dívidas com estes fornecedores desde o dia 14.

Dentro do seu plano de recuperação judicial, a Americanas incluiu uma cláusula pela qual o fornecedor que voltasse a operar com a companhia regularmente e estivesse disposto a voltar a dar limites de crédito, teriam tratamento preferencial para receber 100% dos seus créditos.

Caixa

Pela adesão, o grupo de 500 empresas representa R$ 3,9 bilhões – e eles vão receber 100% das dívidas retidas na recuperação judicial. Até agora, a Americanas estava comprando e pagando os fornecedores em no máximo três dias. Ou pagava e fazia o pedido e o fornecedor entregava. “Agora isto está mudando”, disse Lobo.

Em outra frente, a Americanas pagou mais R$ 100 milhões para credores das classes 1 (funcionários) e 4 (microempresas) até o dia 18. A autorização para esses pagamentos havia sido conseguida em fevereiro de 2023, mas foram bloqueados pelos credores financeiros. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

*Com informações de Estadão Conteúdo

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