As ações da Americanas (AMER3) dispararam desde o anúncio de que Sergio Rial será o novo presidente da companhia a partir de 2023.
O novo presidente substituirá o marcante CEO Miguel Gutierrez, à frente da Americanas há mais de 20 anos, conforme anunciou a empresa em comunicado na sexta-feira (19).
Presidente dos conselhos de administração do Santander Brasil e da Vibra (VBBR3), Sergio Rial é também vice-presidente do conselho de administração da BRF (BRFS3), dona da Sadia e da Perdigão.
Analistas analisam troca na Americanas
A notícia foi encarada como positiva pelo Itaú BBA, que acredita que Rial poderá trazer ideias frescas à gigante do varejo brasileiro.
Os analistas Thiago Macruz, Maria Clara Infantozzi e Gabriela Moraes esperam que, com a mudança, mais investidores estarão propensos a dar o benefício da dúvida ao papel que foi deixado de lado nos últimos trimestres devido à sua volatilidade e problemas de comunicação, fazendo-o subir de preço.
O BBA afirmou enxergar as negociações dos papéis rondando o múltiplo de 5 vezes o valor da empresa sobre o Ebitda, o que considera barato.
O Goldman Sachs, por outro lado, afirmou ainda ser cedo para cravar potenciais mudanças na estratégia da companhia, mas que a chegada de um agente com experiência em vários cargos de gestão de outras grandes empresas não deixa de ser encorajadora.
A XP cortou seu preço-alvo para as ações da Americanas, saindo de R$ 21 e indo para R$ 20, e reiterou sua recomendação neutra para as ações da empresa, por preferir estar exposta outros varejistas com relação de risco/retorno mais “equilibrada”, na visão dos analistas.
No modelo da casa, que também vê a mudança de CEO como positiva, foram incorporados os resultados operacionais do segundo trimestre, com resultados de curto prazo desafiadores e premissas de custo de capital atualizadas.
Nesta segunda-feira (22), os papéis da Americanas fecharam em forte alta de 22,94%, sendo negociados a aproximadamente R$ 15,96.