Segundo relatório de investigação independente da Americanas (AMER3), antes do escândalo contábil vir à tona foram avaliadas as possibilidade de fechar o capital da companhia ou de vendê-la. As informações são do jornal Valor Econômico.
Fabio Abrate, diretor financeiro da companhia, teria avaliado “ideias” para contornar a crise da companhia em setembro de 2022 – quatro meses antes da fraude da Americanas vir a público.
Além da venda da Americanas ou fechamento de capital, outras possibilidades na mesa eram buscar um sócio para transformar a dívida em ações ou se juntar a um concorrente global.
O relatório mostra que em novembro de 2022 o então diretor financeiro da varejista sinaliza ter consciência do tamanho do problema e de que a fraude poderia se tornar um processo criminal para ele e outros diretores.
Por mensagem de WhatsApp, o executivo questiona se o contrato de seguro de responsabilidade civil de executivos e diretores era público, solicitando a verificação da cobertura.
A investigação do comitê independente da varejista mostra, ainda, que até próximo do escândalo se tornar público – em janeiro de 2023 – a companhia seguia maquiando os balanços.
Em nenhuma das 266 páginas do relatório da investigação a palavra fraude é citada.
Além disso, o relatório liga as irregularidades à cúpula de ex-diretores da empresa, mas diz não ter identificado a participação de membros dos conselhos de administração e fiscal da companhia – tal como diz não ter identificado participação de membros dos comitês de auditoria e financeiro de Lojas Americanas, da B2W (ex-braço digital do grupo) e da Americanas (resultado da fusão.
Cotação das ações da Americanas
As ações da Americanas caem 2% no pregão desta terça-feira (1º). No acumulado de 2024, os papéis recuam 97%.
Cotação amer3