Americanas (AMER3) é despejada de shopping em Vitória (ES)

A Americanas (AMER3), em meio a diversos imbróglios judiciais, foi despejada e obrigada a fechar uma loja de 2,6 mil metros quadrados em um Shopping Vitória, na capital do Espírito Santo (ES).

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A loja em questão da Americanas já estava há 30 anos no shopping, e agora se soma as mais de 20 unidades fechadas da varejista desde o seu escândalo contábil e a consequente recuperação judicial.

Atualmente, a dívida da Americanas com os shoppings é de R$ 11,6 milhões, sendo uma cifra dispersa entre quase 100 credores.

A desocupação do Shopping Vitória ocorreu após uma decisão judicial, dado que a Americanas era uma loja âncora do local.

Ainda em janeiro, mesmo mês do escândalo contábil, a varejista foi despejada do Tivoli Shopping, em Santa Bárara D’Oeste, no interior de São Paulo.

Americanas conseguiu ‘armistício judicial’ com bancos

A companhia fechou um acordo com seus credores para, de forma temporária, suspender suas disputas judiciais.

O anúncio oficial foi feito por meio de comunicado ao mercado divulgado pela Americanas nesta terça (11), sem que a varejista citasse nominalmente os bancos.

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“Em que pese ainda não haver acordo com seus credores financeiros em relação à última proposta apresentada, a companhia segue empenhada em manter negociações construtivas com seus credores em busca de uma solução sustentada que permita a continuidade de suas atividades”, consta no documento.

Vale lembrar que o fim dos litígios era parte de um acordo da Americanas – que visa o fim de ações judiciais ante uma capitalização de R$ 12 bilhões por parte dos acionistas de referência – Jorge Paulo Lemann, Carlos Alberto Sicupira e Marcel Telles.

Ainda em meados de março o ‘armistício’ já estava sendo costurado, com o BTG Pactual (BPAC11) – que no início da crise fora o credor mais fervoroso nos tribunais – suspendendo por 30 dias uma ação judicial ainda em março.

O acordo com o BTG abriu portas para que a Americanas tentasse costurar acordos semelhantes com os demais credores – que incluem Itaú (ITUB4), Bradesco (BBDC4) e outros grandes bancos, conforme os documentos inclusos no pedido de recuperação judicial.

Além disso, no início deste mês a companhia havia obtido uma outra vitória judicial, com o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) suspendendo os efeitos do acórdão que colocava o dia 19 de janeiro como a data de início da suspensão das ações e execuções contra a varejista.

A Americanas enfrenta um processo de recuperação judicial desde janeiro deste ano, logo após ter revelado um escândalo contábil em seus balanços, com um rombo bilionário.

Atualmente, conforme os documentos mais recentes, a dívida total da Americanas é de aproximadamente R$ 43 bilhões com 16,3 mil credores.

Eduardo Vargas

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