Americanas (AMER3) demitiu cerca de 400 pessoas nos últimos dois meses

A Americanas (AMER3), dona da Submarino e Shoptime, realizou aproximadamente 400 demissões no país nos últimos dois meses, de acordo com o site layoffsbrasil.com, que foca em recolocação de profissionais de tecnologia.

Conforme apuração realizada pela agência Reuters, a varejista disse em nota que, “como uma das maiores empregadoras do país e com mais de 43 mil colaboradores em todas as regiões, ajustes de quadro e adequação de perfis profissionais garantem eficiência e a estratégia de longo prazo em seus negócios”.

A Americanas não detalhou quantos profissionais foram desligados. O site Layoffs Brasil aponta que as áreas em que houve demissões são majoritariamente de tecnologia: UX Research, Product Design, UX Writer, Product Manager, QA, Legal, Tech Recruiter, Back-end, Customer Experience, Marketing, UX Design e Product Owner.

O episódio ocorre em momento de alto crescimento para companhias que focam em tecnologia. Com o cenário de altos juros no país, além da inflação elevada, muitas dessas empresas têm repensado suas estratégias.

Nesta terça (21), a fintech de pagamentos Ebanx anunciou a demissão de cerca de 20% dos empregados, cerca de 340 pessoas, citando o “ambiente macroeconômico”. O site também apontou que a Shopee, plataforma de e-commerce de Singapura e que agitou o setor no Brasil, também fez cerca de 50 demissões recentemente.

Americanas diminuiu prejuízo líquido em 38,8% no 1T22

Americanas (AMER3) apurou prejuízo líquido de R$ 137,3 milhões no primeiro trimestre de 2022, uma melhora de 38,8% ante o mesmo período de 2021. Esse resultado, porém, desconsidera efeitos considerados não recorrentes. “Desconsiderando os efeitos não recorrentes do ágio da Local, no valor de R$ 100,9 milhões, o resultado líquido seria de R$ -238,2 milhões (prejuízo)”, afirma a companhia.

Ebitda (Lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado foi de R$ 659,8 milhões, com alta de 57,9% em relação aos primeiros três meses de 2021. Segundo a companhia, esse foi o maior EBITDA da história para o período.

“Apesar do impacto negativo da inflação nas despesas, os ganhos com as sinergias da combinação de negócios (entre Americanas e B2W), a monetização da Ame e as iniciativas de crescimento sustentável geraram uma evolução de 1,9 p.p na margem EBITDA versus o primeiro trimestre de 2021, totalizando 9,8%”, diz a empresa.

lucro bruto atingiu R$ 2,1 bilhões, com avanço de 30,0%, enquanto a margem bruta atingiu 30,5% da receita líquida.

receita líquida foi de R$ 6,765 bilhões, alta de 28,4% em relação ao mesmo período do ano anterior.

Cotação

Nesta quarta-feira (22), às 15h35, as ações da Americanas operam em alta de 1,80%, cotadas a R$ 13,61. No ano, os ativos acumulam perdas de 55,69%.

Victória Anhesini

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