Americanas (AMER3): Com mais 754 cortes, varejista chega a 8 mil demissões em 7 meses
Desde o escândalo de rombo contábil de R$ 20 bilhões nos caixas da Americanas (AMER3) e a recuperação judicial em janeiro, a varejista já soma 8 mil demissões. Ao longo dos 7 meses de crises, a companhia fez múltiplos desligamentos de funcionários, além do encerramento de lojas por todo o país.
As mais recentes demissões datam da última semana de julho, quando a Americanas despediu 754 colaboradores e fechou mais cinco lojas.
Relatório da recuperação
Segundo documento mais recente divulgado pela varejista, o mês de julho fechou com um corpo de 35.130 funcionários. A redução é de 18% (7.993 trabalhadores), ante os 43.123 antes da recuperação judicial em 19 de janeiro de 2023.
Em unidades de loja, a queda é de 3%, das 1.880 unidades que estavam abertas em janeiro contra as 1.820 que sobreviveram até o final de julho.
Em nota oficial, a Americanas reforçou que pretende honrar com as obrigações trabalhistas nas demissões realizadas e que o volume de desligamentos é um reflexo do plano de transformação sendo posto em prática.
A varejista ainda cita que “o número de demissões acumuladas entre janeiro e julho de 2023 é 20% menor do que o de 2022” e justifica isso como o “foco na manutenção de suas operações e no aumento de sua eficiência.”
Credores da Americanas aguardam resolução no 3T23
Na semana passada, um dos credores falou a um grupo da imprensa que as tratativas de negociação com as instituições credoras estavam evoluindo. Segundo o CEO do Bradesco (BBDC4), Octavio de Lazari Junior, o anúncio de um acordo é esperado para setembro, após os resultados do quarto trimestre de 2022.
Enquanto isso, os bancos credores Bradesco, Santander Brasil (SANB11) e outros em negociação da dívida aguardam uma resolução até o final do terceiro trimestre. A solução já vem sendo adiada desde junho.
Com o Bradesco, a Americanas acumula uma dívida de R$ 5,2 bilhões, enquanto com o Santander, ela é de R$ 3,6 bilhões. Outro banco credor, o Itaú Unibanco (ITUB4) também tem créditos a receber de R$ 4,3 bilhões.
Com informações de Bloomberg Línea.