A Americanas (AMER3) se tornou protagonista do noticiário econômico nas últimas semanas. No dia 11 de janeiro a companhia informou ao mercado ter descoberto inconsistências contábeis da ordem de R$ 20 bilhões de reais. Desde então, as ações da varejista já caíram mais de 90%, o então CEO Sérgio Rial pediu demissão, agências de rating rebaixaram a nota de crédito da companhia, credores foram à Justiça para bloquear as contas da empresa e um pedido de recuperação judicial foi apresentado.
Confira aqui, cronologicamente, os acontecimentos recentes que levaram a Americanas à situação atual:
- 11 de janeiro: Americanas anuncia inconsistências contábeis de R$ 20 bilhões e informa a renúncia do CEO e do CFO;
- 12 de janeiro: Sérgio Rial, já ex-CEO, organiza uma teleconferência para dar mais informações sobre as inconsistências contábeis encontradas;
- 13 de janeiro: Credores passam a pedir o vencimento antecipado das dívidas da Americanas;
- 13 de janeiro: Em resposta aos credores, a Americanas consegue na Justiça uma Tutela de Urgência que suspende por 30 dias o vencimento antecipado das dívidas;
- 14 de janeiro: Um dos principais credores, o BTG Pactual (BPAC11) apresenta liminar para derrubar a Tutela de Urgência;
- 16 de janeiro: O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro nega o pedido do BTG Pactual;
- 16 de janeiro: Americanas contrata o Rothschild & Co para ser seu representante nas negociações com os credores;
- 17 de janeiro: Americanas anuncia Camille Faria como nova CFO da empresa. Camille trabalhou na Oi (OIBR3) durante a recuperação judicial da tele, o que aumenta rumores de que a varejista poderia seguir pelo mesmo caminho;
- 18 de janeiro: O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro dá decisão favorável a um dos recursos apresentados pelo BTG Pactual e autoriza compensação de R$ 1,2 bilhão do caixa da Americanas depositados no banco. Decisão abre caminho para que outros credores façam o mesmo.
- 18 de janeiro: Americanas informa ter somente R$ 800 milhões em caixa, 10% do que informou quando apresentou ao mercado as inconsistências contábeis de R$ 20 bilhões;
- 19 de janeiro: Americanas protocola pedido de recuperação judicial e pede o desbloqueio de suas contas.