Em relatório de atividades mensais, a Americanas (AMER3) revelou ter encerrado o mês de maio com caixa disponível final de R$ 1,178 bilhão. O documento que contém essas informações foi divulgado pelos administradores judiciais.
Essa cifra é cerca de 38% a menos do que o saldo inicial registrado no início de junho de 2022 pela Americanas.
Além disso, a dívida da empresa em maio foi de R$ 20,599 bilhões em maio, sem incluir o endividamento bancário que é relativo às operações de risco sacado.
O total investido, por sua vez, é de R$ 4,77 milhões em maio de 2023, sendo 95% menor do que a média de investimentos da varejista entre junho e dezembro de 2022, de R$ 143,4 milhões.
A Americanas também fechou 48 lojas ao longo dos últimos 12 meses, sendo 4 lojas encerradas entre junho a dezembro de 2022 e outras 38 de janeiro a maio deste ano.
No fim de maio, foram contabilizadas 1.842 lojas da Americanas ativas.
Diretores venderam milhões em ações da Americanas antes da fraude
Nesta semana também foi revelado que os diretores da varejista venderam R$ 244 milhões em ações varejista ao longo do segundo semestre de 2022, meses antes da revelação do escândalo contábil em janeiro deste ano.
As informações são da Coluna do Lauro Jardim, do jornal O Globo.
Os detalhes sobre a cifra vieram à tona pela primeira vez desde a revelação do rombo na Americanas, já que até então só se sabia que os diretores haviam vendido os papéis, mas não quanto.
Segundo a coluna, o ex-CEO, Miguel Gutierrez, vendeu R$ 156 milhões em ações da Americanas. Enquanto isso, Anna Saicali e Thimoteo Barros, venderam R$ 59 milhões e R$ 20 milhões, respectivamente.
A menor venda foi de Marcio Cruz, que vendeu um montante que chegou a R$ 5,6 milhões em ações da Americanas.