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Americanas (AMER3) adia grupamento de ações

Americanas (AMER3)

Americanas (AMER3) - Foto: Divulgação

Nesta quinta-feira (11), a Americanas (AMER3) informou que a homologação do seu aumento de capital deve ser concluída no dia 25 de julho. Contudo, o grupamento de ações, que ocorreria no dia 17, foi adiado.

Com isso, o grupamento de ações da Americanas fica sem cronograma por enquanto. A varejista ainda vai informar a nova data da efetivação do grupamento e também do bônus de subscrição.

O grupamento será feito na proporção de 100 para 1. Ou seja, cada 100 ações AMER3 vão se unir para formar um novo papel, sendo que o preço também será multiplicado pelo mesmo fator.

O movimento é feito com o objetivo de reduzir a volatilidade das ações da Americanas e tirar o ativo da condição de “penny stock”, nome dado às ações negociadas abaixo de R$ 1.

Além do grupamento de ações, a Americanas passará também por um aumento de capital, que já havia sido aprovado em maio, durante assembleia de acionistas.

O aumento será de até R$ 40,7 bilhões, sendo que Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Beto Sicupira, acionistas de referência da empresa, se comprometeram a injetar pelo menos R$ 12 bilhões.

A expectativa é que o trio fique com 49,2% da companhia após o aumento de capital da Americanas. Já os demais acionistas ficarão com 3,2%.

Ex-diretor da Americanas (AMER3) diz que tentou barrar fraude bilionária na empresa

Em delação à Polícia Federal (PF), Marcelo da Silva Nunes, ex-diretor financeiro da Americanas (AMER3), afirma que tentou reduzir fraudes na empresa em 2020, mas que a inciativa foi barrada para não prejudicar a imagem da empresa.

Tanto Nunes quanto a ex-chefe da controladoria da B2W, Flávia Pereira Carneiro Mota, estão colaborando com as investigações feitas pela Polícia Federal sobre a fraude na Americanas.

De acordo com os ex-funcionários da empresa, as fraudes ocorriam tendo como objetivo manter a imagem positiva da empresa e garantir bônus aos executivos.

Tais depoimentos foram utilizados como base para o inquérito que resultou na Operação Disclosure, da Polícia Federal, que cumpriu 15 mandados de busca e apreensão nas casas de suspeitos de participar do esquema de falsificação dos balanços da varejista.

Além disso, a operação emitiu mandados de prisão para o ex-CEO, Miguel Gutierrez, e para a ex-diretora Anna Saicali. Ambos estavam no exterior, sendo que Gutierrez foi detido na Espanha e Saicali retornou ao Brasil e entregou seu passaporte à Polícia Federal.

A Americanas, por sua vez, afirma ser vítima. As fraudes contábeis na varejista resultaram em um rombo inicial de R$ 25 bilhões e hoje já alcançam a cifra dos R$ 50 bilhões.

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