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Americanas (AMER3): ações entram em leilão após rombo de R$ 20 bilhões; Magalu (MGLU3) e Via (VIIA3) são ‘arrastadas’

Americanas (AMER3). Foto: Divulgação

Americanas (AMER3). Foto: Divulgação

As ações da Americanas (AMER3) derreteram nos primeiros minutos de pregão nesta quinta-feira (12), em meio ao rombo de R$ 20 bilhões encontrado pela nova diretoria. Logo após isso, os papéis entraram em leilão.

Além disso, o cenário caótico com a Americanas arrasta as concorrentes par ao leilão também. Após a Via (VIIA3) cair mais de 10% e o Magazine Luiza (MGLU3) mais de 8,5%, ambas também tiveram ações entrando em leilão.

A bolsa de valores brasileira, a B3 (B3SA3), liberou as ações AMER3 para caírem até 99% no intradia desta quinta-feira (12).

Entenda o rombo bilionário da Americanas

Conforme revelado em comunicado pela companhia na noite de quarta-feira (11), a nova diretoria da varejista descobriu inconsistências contábeis de R$ 20 bilhões na empresa.

O valor é similar ao do valor de mercado de outras concorrentes.

Segundo levantamento do TradeMap, a cifra bilionária prevista no balanço da Americanas é equivalente ao valor de mercado da Magazine Luiza que no dia 11 de janeiro valia R$ 20,20 bilhões ou da Lojas Renner (LREN3) que valia R$ 20,22 bilhões.

A companhia estima que o efeito caixa dessas inconsistências seja imaterial. Neste momento, não é possível determinar todos os impactos de tais inconsistências na demonstração de resultado e no balanço patrimonial da companhia.

Diante dessas informações, Sergio Rial e André Covre, diretor de Relações com Investidores da companhia, renunciaram aos seus cargos no alto escalão da Americanas.

O executivo João Guerra assumirá interinamente essas duas funções.

Um comitê independente será instalado para apurar o caso, e Rial atuará como assessor na condução desses trabalhos. Em uma carta enviada aos colaboradores, Rial reforçou que apoiará a reestruturação da situação patrimonial da empresa.

“Não faltarão aqueles que queiram maldizer, gerando dúvidas sobre o nosso futuro. É verdade que o impacto possa ser importante, mas acreditamos que untos, trabalhando no resultado do dia a dia, focando na construção de um grande trimestre em 2023, garantiremos os próximos trimestres”, destacou o agora ex-CEO da Americanas.

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