América Latina tem ratings rebaixados com coronavírus, diz Fitch
A agência de classificação de riscos Fitch Ratings informou nesta quinta-feira (16) que emissores corporativos de fora do setor financeiro na América Latina registraram uma “alta substancial” em defaults em seus ratings em moeda estrangeira.
Conforme relatório da agência, os emissores na América Latina mostram um aumento considerável, com mais deles atingindo a classificação CCC+ e abaixo, categorizados como o nível inferior do grau especulativo.
A Fitch avaliou que esses ratings tiveram uma alta de 17% do total do portfólio de classificações na região até 1º de julho. As notas representam 40 emissores individuais, de apenas 6%, ou seis emissores, em 1º de julho de 2019, segundo a agência.
A agência ainda salientou que os principais motores para os rebaixamentos foram o impacto da pandemia do novo coronavírus e o rebaixamento sofrido pela Argentina.
Economia da AL deve contrair 9,1% em 2020
A Comissão Econômica para a América Latina (Cepal), órgão ligado à Organização das Nações Unidas (ONU), reportou na última quarta-feira (15) as estimativas para queda de 9,1% na atividade econômica da América Latina e do Caribe neste ano.
O organismo revisou a sua previsão de retração para atividade econômica da região. Dessa maneira, com a pandemia de covid-19, Produto Interno Bruto (PIB) per capita dos países deve retornar ao nível atingido em 2010. Nesse sentido, a baixa representa um retrocesso de quase 10 anos nos patamares de renda por habitante da região.
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O documento ainda destacou que a região irá seguir a tendência de baixa na economia global. Segundo dados da Cepal, a queda no comércio mundial de bens e serviços pode chegar até 32%. Na América Latina, por sua vez, as exportações já anotaram uma queda de 23%.