A Ambev (ABEV3) anunciou, nesta sexta-feira (08), que concluiu um acordo com um grupo de private equity para construção de uma usina eólica que irá abastecer todas as suas fábricas na região Nordeste, além das cinco cervejarias da Budweiser no Brasil.
De acordo com o acordo firmado, a Ambev irá desembolsar aproximadamente R$ 600 milhões em um período de 15 anos para a Casaforte Investimentos. Em troca, o grupo construirá uma usina eólica de 1.600 hectares com potência acima a 80 megawatts na Bahia.
O vice-presidente de sustentabilidade e suprimentos da Ambev, Rodrigo Figueiredo, afirmou em entrevista à “Reuters” nesta sexta que: “Com esse acordo de compra de energia, 20 mil toneladas de dióxido de carbono deixarão de ser emitidas por ano, o equivalente à retirada de 35 mil carros das ruas por ano”.
Ainda segundo com o vice-presidente da gigante das bebidas, as licenças de construção já foram concedidas e as obras devem começar no início de 2020, com a usina eólica iniciando as operações no começo de 2022.
Complexo eólico da Ambev
De acordo com Figueiredo, o complexo eólico gerará energia limpa suficiente para abastecer 30% do total de fábricas de bebidas da Ambev no Brasil, o que incluiria as cinco cervejarias da Budweiser presentes no País:
- Itapissuma (PE);
- Jacareí (SP);
- Uberlândia (MG);
- Barra de Piraí (RJ);
- Ponta Grossa (PR).
A matriz Anheuser Busch InBev vem se esforçando globalmente para ter 100% da eletricidade utilizada em todas as operações no mundo provenientes de fontes limpas até 2025.
Apenas no Brasil, a Ambev investiu cerca de R$ 17,5 bilhões desde 2014, o que inclui projetos para adoção de práticas de negócios mais sustentáveis, segundo a empresa.
Em junho, a empresa havia firmado um acordo de R$ 140 milhões com quatro parceiros para construção de 31 usinas solares que abastecerão todos os 94 centros de distribuição no País.
Em 2018, a Ambev havia anunciado planos para adoção de 1.600 caminhões elétricos da Volkswagen por todos os 20 operadores de logística que trabalham com a companhia até 2023.
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Figueiredo também declarou que todas as usinas solares serão entregues na primeira metade de 2020. Além disso, o executivo da Ambev afirmou: “Desta vez optamos por uma usina eólica por ser mais viável para alta tensão, mas estamos conduzindo estudos para outras regiões e a tecnologia dependerá das condições de vento, irradiação solar etc”.