Moody’s refresca expectativas para a Ambev (ABEV3): “Posição de mercado dominante”

A agência de avaliação de risco de crédito Moody’s atualizou as expectativas da Ambev (ABEV3) positivamente. A instituição elogiou a baixa dependência da companhia ao sistema bancário brasileiro para financiamentos, ao passo que é cautelosa às limitações dos custos de commodities.

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Em relatório publicado nesta quinta-feira (2), a Moody’s lembra que a Ambev, “uma das maiores cervejarias do mundo”, tem presença em 18 países, liderança em mercados operacionais e vasto portfólio.

A classificação da Ambev S.A. foi mantida em “Baa3”, nível de grau de investimento considerado como um selo de “bom pagador”.

Além disso, a perspectiva da instituições foi atualizada de “estável” para “positiva”.

Moody’s lança elogios à Ambev

Entre os destaque da ABEV3 para a agência avaliadora, está a diversificação geográfica da marca, o que permite que ela não esteja limitada aos riscos econômicos do Brasil.

“A diversificação geográfica [da Ambev] e de produtos mitiga a volatilidade do fluxo de caixa decorrente de eventos climáticos ou de baixa do mercado em regiões específicas”, afirma o relatório.

Além disso, a Moody’s ressalta a posição dominante da empresa e a larga escala de produção, sob um controle rigoroso de custos, o que estrategicamente mantém “métricas de lucratividade e crédito excepcionalmente fortes.”

“A limitada dependência da Ambev do sistema bancário local para financiamento, sua geração de uma parte significativa de ativos e caixa fora do Brasil, e sua importância para o acionista controlador Anheuser-Busch InBev (ABI, A3 estável) ajudam a compensar o efeito negativo dos vínculos da empresa com a economia brasileira,” reforça a Moody’s.

Contudo, a agência ressalta que o preço dos produtos é fortemente atrelado às commodities, o que pode ser um fator de limitação para a empresa, junto com estratégias previsíveis.

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ABEV3 só poderá crescer com melhora na economia brasileira?

Segundo a Moody’s, uma melhora na classificação da Ambev dependeria de um aumento na classificação soberana do Brasil e exigiria que a companhia mantivesse métricas de crédito estáveis e fortes.

No sentido contrário, a produtora da cervejas e demais bebidas poderia sofrer um rebaixamento caso sua exposição de crédito apresentasse uma volatilidade maior do que a esperada para algum de seus principais mercados.

Outro cenário negativo ocorreria se a alavancagem da empresa tivesse um crescimento demasiado por uma “mudança em sua estrutura de capital ou a uma aquisição financiada por dívida”.

A Moody’s mantém expectativas mais positivas tendo em vista que a Ambev se beneficia da diversificação de seu portfólio e de sua presença geográfica, com uma gestão financeira conservadora e controle rigoroso de custos.

Hoje (3), as ações ABEV3 sobem 0,41%, negociadas a R$ 12,48.

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Camila Paim

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