Ambev (ABEV3): lucro líquido cai 15% no segundo trimestre, para R$ 2,5 bilhões
A Ambev (ABEV3) reportou um lucro líquido de R$ 2,5 bilhões no segundo trimestre de 2023 (2T23), conforme balanço divulgado nesta quinta-feira (3). A cifra representa uma queda de 15,2% em relação ao mesmo período do ano passado.
A receita líquida da Ambev foi de R$ 18,8 bilhões no trimestre, alta de 5,1% frente os R$ 17,9 bilhões registrados no resultado no mesmo período do ano anterior.
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado, por sua vez, foi de R$ 5,2 bilhões, queda de 4,7% ante o número registrado no mesmo período do ano de 2022.
De acordo com a Ambev, o desempenho de volume no Brasil (cerveja -2,5% e bebidas não alcoólicas -2,2%) foi impactado principalmente por uma indústria fraca e pela base de comparação do segundo trimestre de 2022.
Nas operações internacionais da Ambev, o volume positivo (+0,6%) na América Latina Sul (LAS) – apesar de um contínuo ambiente macroeconômico desafiador na Argentina – foi mais do que compensado pela América Central e Caribe (“CAC”) (-2,8%) e Canadá (-6,2%).
Entre os meses de abril e junho, o resultado financeiro da Ambev ficou em R$ 1,0 bilhão, uma redução de R$ 578 milhões em relação ao mesmo período do ano passado.
“Nosso desempenho da receita líquida permaneceu resiliente e as pressões de custos continuaram a desacelerar, levando ao crescimento do Ebitda e à expansão da margem Ebitda ajustado em todas as unidades de negócios reportadas no trimestre”, disse a companhia.
Expectativa para crescimento do CPV
Em fato relevante divulgado nesta quinta-feira (3), a Ambev revisou a expectativa de crescimento do custo dos produtos vendidos (CPV) por hectolitro, excluindo depreciação e amortização, para seu negócio de cervejas no Brasil, de 6,0% a 9,9% para 2,5% a 5,5% no ano de 2023 (excluindo a venda de produtos de marketplace não Ambev).
No texto, a companhia considerou que determinados fatores capazes de influenciar seus custos, tais como inflação, os preços de commodities não protegidas por hedge, o mix de produtos e a performance operacional da Ambev, estão melhores do que o esperado.