A Ambev (ABEV3) lucrou de forma líquida R$ 2,7 bilhões no primeiro trimestre de 2021, alta de 124,9% na comparação com o mesmo período do ano passado. O avanço, segundo o documento da companhia, publicado na madrugada desta quinta-feira (6), se deu por melhores desempenhos operacionais e financeiros.
A receita líquida da Ambev foi de R$ 16,6 bilhões, alta de 27,8% na base anual, impulsionada tanto pelo de crescimento de 11,6% do volume vendido quanto pela maior receita por litro, que avançou 14,5%. Nas regiões, o faturamento, na comparação com o mesmo período do ano passado, cresceu 26,1% no Brasil, 28,2% na América Central e Caribe, 44% na América Latina e 1,6% no Canadá.
“A maioria dos países apresentou crescimento de volume sustentado, com oito dos dez principais mercados entregando crescimento de volume em relação ao ano anterior e sete já atingindo níveis de volume superiores a 2019″, afirma a companhia no documento.
Ao mesmo tempo em que o volume produzido e de vendas cresceu, os gastos com a produção também. O custo dos produtos vendidos avançou 13,9%, chegando a R$ 7,94 bilhões. As despesas administrativas e com vendas avançaram de R$ 4 bilhões para R$ 4,8 bilhões, alta de 13,9%.
O Ebitda da Ambev ficou em R$ 5,3 bilhões, crescimento de 25,9%. Apesar do crescimento, impulsionado pela maior receita, a margem Ebitda da companhia regrediu 110 pontos base, saindo de 33,1% para 32%, por conta do avanço dos custos com produção e administrativos.
Ambev reduz dívida e gastos financeiros
O lucro líquido da Ambev, na comparação na base anual, foi impulsionado também por um prejuízo financeiro menor em 2021 do que em 2020 – sendo de R$ 1,06 bilhão neste ano ante R$ 1,53 bilhão no ano passado. Com destaque para menores gastos com juros, que saíram de R$ 426,5 milhões para R$ 334,6 milhões e perdas com derivativos, de R$ 945,4 milhões para R$ 770,9 milhões. Os impostos retrocederam de R$ 279,7 milhões no ano passado para R$ 182,1 milhões. .
A Ambev termina o primeiro trimestre de 2021 com uma caixa líquido de R$ 14,3 bilhões, ante R$ 13,9 bilhões no fim de 2020 – com R$ 5 bilhões emitidos em dívida e um caixa, ou equivalentes de caixa, e aplicações financeiras que somam R$ 19,3 bilhões, sendo R$ 2,83 bilhões gerados neste último trimestre.