Itaú BBA mantém ‘neutra’ e rebaixa preço-alvo da Ambev (ABEV3); veja por quê

Em seu relatório mais recente sobre a Ambev (ABEV3), o Itaú BBA manteve recomendação market perform (neutra) para as ações da empresa e atualizou o preço-alvo de R$ 14 (2024) para R$ 15 (2025).

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De acordo com a casa, a fabricante de bebidas está enfrentando um interesse crescente dos investidores em relação à sua estratégia de estrutura de capital ideal. A discussão principal, segundo o BBA, gira em torno de se a empresa deve priorizar o aumento de dividendos, executar recompras de ações ou buscar
potenciais oportunidades de fusões.

Diante disso, os analistas aproveitaram para ajustar as estimativas, incorporando os resultados da Ambev do 2T24 e sem precificar nenhuma otimização de estrutura de capital.

O BBA destaca que o cenário competitivo do mercado de cerveja no Brasil continua desafiador, com margens expandido menos do que o esperado originalmente.

“O segmento cerveja Brasil da Ambev está navegando em um ambiente de mercado difícil em relação às expectativas iniciais, exacerbado pela recente estratégia agressiva de preços da Petrópolis“, diz o relatório.

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Os analistas entendem que a abordagem da Petrópolis, que produz cervejas como Itaipava e Petra, pode não ser sustentável no longo prazo, mas acreditam ser provável que isso mantenha as margens da indústria comprimidas no curto prazo.

“Consequentemente, não estamos prevendo uma recuperação significativa da margem para as operações de cerveja da Ambev no Brasil até que haja uma mudança na dinâmica do mercado ou uma redução nas pressões competitivas”, adiciona.

Ao mesmo tempo, os analistas acreditam que a estratégia da Ambev de manter um portfólio diversificado de marcas é uma abordagem sólida de longo prazo, que posiciona bem a empresa para capturar variados interesses e preferências do consumidor ao longo do tempo.

Por fim, a casa diz que o valuation da Ambev parece atraente, mas não o suficiente para alterar significativamente a posição neutra em relação às ações ABEV3.

“Se a Ambev efetivamente administrar sua estratégia de alocação de capital priorizando os retornos aos acionistas por meio de dividendos e recompras, poderá haver potencial para uma reclassificação de avaliação. Por enquanto, continuamos cautelosos e preferimos ver mais desenvolvimentos nessa frente antes de fazer qualquer alteração em nossa recomendação”, diz.

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Guilherme Serrano

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