De acordo com informações do jornal “O Estado de S. Paulo”, sete grandes empresas de investimento europeias afirmaram à agência “Reuters” que deixarão de investir no Brasil, caso o País não apresente uma solução para o desmatamento na Amazônia.
O corte de investimentos, segundo o jornal, incluiria produtores de carne, operadoras de grãos e até títulos do governo brasileiro. As gigantes Nordea (finlandesa) e a Legal & General Investment Management (LGIM), que é britânica, são algumas das empresas que estão repudiando o que está acontecendo com a floresta tropical, que é considerada por especialistas o “pulmão do mundo”. Estes dois grupos de investidores possuem sob seus guarda-chuvas mais de US$ 2 trilhões em ativos administrados.
Com essa atitude, os grupos mostram que o setor privado está tomando atitudes globais para proteger a Amazônia.
O desmatamento na Amazônia brasileira no ano passado atingiu seu maior pico dentro de um período de 11 anos. Vale destacar que 2019 foi o primeiro ano do mandato do presidente Jair Bolsonaro.
O desmatamento na maior floresta tropical do mundo aumentou mais 34% no acumulado deste ano até abril, segundo dados preliminares do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). O presidente da República afrouxou recentemente as proteções ambientais e solicitou mais mineração e agricultura na região da floresta.
Veja também: Davos: George Soros ataca Bolsonaro sobre a Amazônia
De acordo com o jornal, as sete empresas de gerenciamento de ativos que conversaram com a “Reuters” e fizeram a ameaça de investimento possuem mais de US$ 5 bilhões em investimentos ligados ao nosso País. Estas empresas são:
- Storebrand
- AP7
- KLP
- DNB Asset Management
- Robeco
- Nordea Asset Management
- LGIM
Em meados de setembro do ano passado, um grupo de 230 investidores assinaram uma petição urgente para brecar os incêndios na Amazônia. A ação chamou tanto a atenção quanto as próprias queimadas que vinham acontecendo no local.