Amazon se recusa a entrar em sistema do governo de avaliação

A Amazon (NASDAQ: AMZN) enviou, no último dia 15 de maio, um ofício ao Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor (DPDC) para que não haja obrigação de participação na plataforma de avaliação do consumidor do governo federal.

A Amazon comunicou o “desinteresse em registrar-se na plataforma” (consumidor.gov.br) do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP). A participação foi determinada no dia 1º de abril pela Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), que integra a pasta do governo.

A gigante do comércio eletrônico argumentou que já utiliza os canais de atendimento remotos aos clientes antes da pandemia do novo coronavírus (covid-19). Dessa forma, para a empresa, a entrada na plataforma do governo poderia reduzir a eficiência desse atendimento.

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“Abrir novo canal de comunicação com os consumidores dividiria os reconhecidos esforços direcionados nos canais oficiais de atendimento da Amazon, além dos atendimentos já realizados aos demais órgãos do SNDC – Sistema Nacional de Defesa do Consumidor”, comunicou a Amazon.

A varejista norte-americana defendeu que prefere não entrar no mérito sobre a legalidade da portaria. A companhia ainda incluiu no ofício comentários de consumidores que a elogiaram, além de notas altas para seu atendimento.

“Por fim, importante acrescentar que as empresas também passam por enormes dificuldades logísticas em tempo de pandemia e obrigar a adesão ao canal, quando a empresa e seus funcionários estão trabalhando incansavelmente para atender os pedidos dos seus clientes, é um gasto desnecessário de energia, tempo e recursos, destacou a companhia.

Amazon pede reunião com secretária

Conforme apontam fontes, a Amazon solicitou uma reunião com a secretaria, marcada para junho com o intuito de tratar do assunto. As informações são do jornal “Valor Econômico”.

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“Amazon reconhece que seu histórico positivo no trato com seus consumidores justifica o caráter  facultativo de adesão à plataforma”, escreve a companhia no documento.

Entretanto, segundo o jornal, a diretoria da DPDC não apoia a exclusão da Amazon no sistema do governo e se manifestou nesse sentido em um despacho em 20 de maio.

Arthur Guimarães

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