A Amazon (NASDAQ: AMZN) vai pagar mais de US$ 61,7 milhões para arquivar processo da Comissão Federal de Comércio dos Estados Unidos (FTC, na sigla em inglês) que acusava a gigante do e-commerce de não ter pagado o total de gorjetas a seus motoristas em um período de dois anos e meio.
A acusação contemplava trabalhadores que entregavam pacotes por meio serviço Amazon Flex, no qual as pessoas utilizam seus próprios veículos e são responsáveis pela despesas.
A FTC alegou, em comunicado, que a companhia somente teria interrompido o comportamento depois de saber que estava sendo investigada pela comissão.
De acordo com a acusação, a empresa propagandeava que trabalhadores integrantes do programa Flex seriam pagos 100% das gorjetas que ganhariam enquanto operavam, além de US$ 18 a US$ 25 horas por hora.
No entanto, “em vez de repassar 100% das gorjetas dos clientes aos motoristas, como havia prometido, a Amazon se utilizou o dinheiro ela mesma”, disse Daniel Kaufman, diretor do Bureau of Consumer Protection da FTC.
Amazon supostamente reteve US$ 61,7 mi
Desse modo, a comissão informou que os US$ 61,7 milhões referentes à multa representam o valor total que a Amazon supostamente reteve dos motoristas. O montante será usado pela FTC para compensar os motoristas, disse o órgão.
À CNBC, a porta-voz da Amazon, Rena Lunak, afirmou que a empresa discorda das alegações de que o de pagamento para motoristas não é claro. “Embora discordemos de que a forma histórica como informamos sobre o pagamento aos motoristas não seja clara, acrescentamos clareza adicional em 2019 e temos o prazer de deixar esse assunto para trás”, disse.
A Amazon não informa o número exato de quantos trabalhadores operavam através do serviço Flex, porém, de acordo com informações do Financial Times, analistas acreditam que a companhia tem cada vez mais se apoiado na força de trabalho enquanto busca lidar com a demanda elevada.