Amazon é investigada pela UE sobre violação de regras de concorrência

A Comissão Europeia anunciou nesta quarta-feira (17) a abertura de uma investigação sobre a Amazon para apurar se a companhia está infringindo as regras europeias de concorrência.

Segundo a comissão, a investigação deve analisar se a Amazon utiliza os dados comerciais de sua plataforma de marketplace ilegalmente. Assim, a empresa estaria se beneficiando através de informações confidenciais de varejistas concorrentes que utilizam a plataforma.

Isso ocorre porque a companhia, além de utilizar seu site para a venda de seus produtos, disponibiliza uma área para outros vendedores comercializarem seus produtos.

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As primeiras investigações realizadas pela União Europeia constataram que a empresa usa informações sensíveis que prejudicam os vendedores que utilizam seu site.

“O comércio eletrônico impulsionou a concorrência no comércio no varejo e ampliou as oportunidades de escolha e reduziu os preços. Devemos garantir que as grandes plataformas online não eliminarão estes benefícios através de comportamento anticompetitivo”, disse a comissária para a Concorrência da Comissão Europeia, Margrethe Vestager.

A Amazon declarou que irá cooperar para o andamento das investigações. Além disso, a empresa afirmou que continuará “trabalhando duro para apoiar empresas de todos os tamanhos e ajudá-las a crescer”.

Apresentação ao Congresso norte-americano

Além da investigação realizada pela Comissão Europeia, a Amazon também se apresentou ao Congresso dos Estados Unidos. No entanto, o órgão antitruste do Comitê Judiciário da Câmara dos Deputados não informou o motivo.

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A Apple, o Facebook e o Google também prestaram depoimentos. Conforme informado pelo órgão, as empresas não responderam a um pedido de comentário imediato.

Segundo assessores do presidente do órgão antitruste, deputado David Cicline, a audiência questionará:

  • diretor de política econômica do Google, Adam Cohen;
  • conselheiro geral associado de regulamentação na Amazon, Nate Sutton;
  • chefe de desenvolvimento de políticas globais do Facebook, Matt Perault;
  • vice-presidente de direito corporativo da Apple, Kyle Andeer.

Marca mais valiosa do mundo

No último mês, a Amazon se tornou a marca mais valiosa do mundo. A varejista ultrapassou o Google e a Apple por conta de um ganho de 52% no valor de sua marca nos últimos 12 meses.

Saiba mais: Amazon supera Apple e Google e se torna a marca mais valiosa do mundo

A pesquisa sobre o valor das marcas denominada “BrandZ” foi realizada pela empresa Kantar, parte do grupo britânico WPP. Segundo o levantamento, a marca da empresa de Jeff Bezos atingiu um valor de US$ 315,5 bilhões.

Dessa forma, Amazon deixou para trás a Apple, que manteve a segunda posição com um valor de US$ 309,53 bilhões, graças a um crescimento de 3%.

Giovanna Oliveira

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