A Amazon pediu a seus funcionários para deletar o aplicativo chinês de mini-videos TikTok citando “riscos à segurança”. A gigante varejista norte-americana enviou um email para seus funcionários nesta sexta-feira (10).
No e-mail, a empresa informou seus funcionários da necessidade de excluir o aplicativo de qualquer dispositivo que “acesse o email da Amazon”. Caso eles não deletem o app, não terão mais acesso a caixa eletrônica da varejista. Os funcionários da Amazon podem ainda utilizar o TikTok em seu computador ou laptop, utilizando um navegador.
Em resposta a essa decisão, o TikTok informou que a segurança do usuário é algo “da maior importância” e que a empresa está comprometida com a garantia de privacidade.
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“A Amazon não entrou em contato conosco antes de enviar o e-mail, e ainda não entendemos suas preocupações, mas gostaríamos de inciar um diálogo”, explicou o TikTok.
A Amazon, que tem cerca de 500.000 funcionários nos Estados Unidos, não se manifestou sobre a resposta do aplicativo chinês.
TikTok no olho do furacão
A iniciativa da gigante varejista aumenta as dificuldades enfrentadas pelo TikTok, popular entre os jovens nos Estados Unidos. O aplicativo, que já foi baixado duas bilhões de vezes, pertence a empresa chinesa de tecnologia ByteDance.
O TikTok é considerado uma ameaça competitiva por algumas empresas de internet dos EUA. O CEO do Facebook, Mark Zuckerberg, já declarou que se preocupa com a popularidade do TikTok, especialmente entre usuários mais jovens.
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O app também é popular na Índia, onde foi banido recentemente após uma série de confrontos na fronteira com a China.
Por causa da nacionalidade do controlador, e do aumento das tensões entre os Estados Unidos e a China sobre questões comerciais e tecnológicas, o TikTok está sob crescente escrutínio em Washington sobre a segurança dos dados de seus usuários.
Nessa semana seja o secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, que o presidente Donald Trump ameaçaram bloquear o app em todo o território nacional, por considerar o software uma potencial ameaça à segurança nacional.
No ano passado, o Comitê de Investimentos Estrangeiros nos Estados Unidos, um órgão federal que analisa aquisições estrangeiras de empresas americanas, abriu uma revisão de segurança nacional sobre a aquisição por parte da chinesa ByteDance da empresa americana, Musical.ly, que acabou se tornando TikTok.
Em resposta, a ByteDance salientou que separaria o TikTok de boa parte de suas operações na China, e os dados pessoais dos usuários seriam armazenados nos Estados Unidos e não em China.
Em maio, a ByteDance contratou Kevin Mayer, ex-executivo da Disney, para ser o CEO do TikTok com sede em Los Angeles.
Na segunda-feira, a ByteDance também informou que se retiraria das lojas de aplicativos em Hong Kong, após a aplicação da nova lei de segurança nacional da China. Na cidade-estado, o app se tornará inoperante para os usuários em poucos dias.
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Segundo o senador dos EUA Josh Hawley, a decisão da Amazon sobre o TikTok deve ser seguida como exemplo por “todo o governo federal”.