A Amazon anunciou que irá abrir uma rede de supermercados própria no próximo ano, diferente do Whole Food Market, que foi adquirido pela empresa em 2017. A ideia da companhia norte-americana é ter uma maior participação no mercado de alimentos. Nesta terça-feira (12), a empresa anunciou quatro vagas de emprego para o seu primeiro supermercado, que ficará em Woodland Hills, Los Angeles.
Uma porta-voz da Amazon confirmou que a loja será aberta em 2020 e terá métodos convencionais de pagamento, diferente das lojas da Amazon Go, que não utilizam caixas.
A empresa do ecommerce comprou a Whole foods por US$ 13,7 bilhões há dois anos. Entretanto, no setor de alimentos a companhia ainda está longe de se consolidar. A marca Whole Foods vende apenas produtos saudáveis, o que não atinge tantas pessoas, e o novo supermercado da Amazon promete trazer diversos tipos de alimentos, o que foge um pouco dessa linha da Whole.
Especialistas esperavam que a Amazon abrisse uma nova rede de mercados onde produtos como Pepsi e Cheetos, muito vendidos pelo Walmart nos EUA, pudessem ser comercializados.
“A razão pela qual a Amazon precisa expandir sua presença física é uma demanda acelerada por serviços de retirada de mercadorias em vez de entrega. Os consumidores têm um senso maior de controle quando retiram suas compras na loja em um local seguro, em vez de se preocupar com o fato de serem entregues em casa”, afirmou David Bishop, sócio da empresa de pesquisa Brick Meets Click.
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É importante destacar que as vendas da Amazon em lojas físicas, que tem grande participação da Whole Foods, diminuíram 1,3% na comparação anual, para US$ 4,19 bilhões no terceiro trimestre. No início deste ano, o “The Wall Street Journal” comunicou que a Amazon pretendia abrir supermercados sob uma nova marca e que a primeira loja seria em Los Angeles, o que coincide com o fato da empresa confirmar uma unidade na cidade.