Um relatório do Banco BTG Pactual prevendo maior crescimento da Amazon foi divulgado na segunda-feira (21).
A publicação assustou o mercado e levou as ações das principais concorrentes da Amazon listadas na B3 (BM&F Bovespa) a caírem.
- Magazine Luiza (MGLU3) : 4,13%
- B2W (BTOW3): 3,26%
- Via Varejo (VVAR3): 1,64%
O relatório mencionou o novo centro de distribuição da Amazon, ressaltando a logística de entrega dos produtos similar à norte-americana, segundo o portal da “Exame”.
O BTG Pactual também relatou as novas categorias que a maior empresa mundial de e-commerce passará a ofertar no Brasil. Conforme o banco, os novos nichos devem ser eletrônicos, brinquedos e equipamentos domésticos.
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Em agosto de 2018, o BTG Pactual lançou relatório afirmando que a Amazon estava pronta para um desenvolvimento mais aprofundado no Brasil. Entretanto, esse avanço aconteceria lentamente.
A Amazon faturou perto de R$ 410 milhões em 2017, e R$ 600 milhões em 2018. A norte-americana vem apostando em uma estratégia tradicional no e-commerce, o marketplace.
Nesta modalidade, a Amazon cede sua plataforma digital como canal de comercialização de empresas terceirizadas.
Moda e esporte são os únicos segmentos exclusivos cujos fornecedores exclusivos são parceiros terceirizados.
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Concorrência acirrada no varejo
De acordo com o BTG, o avanço em logística deve desencadear uma onda de volatilidade para o varejo online brasileiro.
Desde 2016, as varejistas que exploram tal segmento vivem momentos de fortes altas. Tais valorizações são beneficiadas por um mercado que deve triplicar de tamanho até 2022, para 200 bilhões de reais, segundo o banco.
Ainda segundo o BTG Pactual, as empresas de varejo mais bem preparadas para aproveitar esta expansão são as concorrentes da Amazon, B2W e Magazine Luiza. Ambas vêm há investindo em suas próprias estruturas logísticas.
O Mercado Livre também vem investindo pesado em sua própria estrutura de distribuição.
Por fim, apesar de aquecer a competição no mercado, a Amazon não deve ter, no Brasil o mesmo sucesso que alcançou em países como Alemanha, Reino Unido, Japão e Índia, conforme o relatório. O banco manteve a indicação de comprar ações da B2W e da Magazine Luiza, apesar das quedas.