Amazon (AMZO34) tem queda de 50,15% no lucro, para US$ 3,156 bi; vendas crescem, mas abaixo do esperado
A Amazon (AMZO34) divulgou nesta quinta-feira (28) seu resultado do terceiro trimestre de 2021, que veio abaixo das expectativas do mercado. A empresa registrou lucro líquido de US$ 3,156 bilhões no período, queda de 50,15%, ou US$ 6,12 por ação, após ajustes. Os números representam uma queda ante o lucro US$ 6,331 bilhões, ou US$ 12,37 por ação, considerando o resultado do mesmo período no ano passado.
Analistas ouvidos pelo FactSet previam US$ 8,90 de lucro por ação e, após o resultado da Amazon, a ação recuava 5,24% no after hours em Nova York, às 17h38 (de Brasília).
As vendas da Amazon no trimestre mais recente foram de US$ 110,8 bilhões, um crescimento de 15% na comparação anual, mas abaixo da expectativa de US$ 111,6 bilhões do FactSet. Já a receita operacional recuou de US$ 6,2 bilhões no terceiro trimestre de 2020 a US$ 4,9 bilhões em igual período do ano atual.
Outros negócios da Amazon se expandiram. As vendas em seu negócio de computação em nuvem, que ajuda a impulsionar as operações online da Netflix (NFLX34), McDonald’s (MCDC34) e outras empresas, cresceram 39% no trimestre. E em sua unidade que inclui seu negócio de publicidade, onde as marcas pagam para que seus produtos apareçam primeiro quando os compradores pesquisam no site, as vendas aumentaram 49%.
Operações internacionais da Amazon perderam o gás
No entanto, setores da Amazon registraram prejuízo operacional no geral, principalmente por conta das operações internacionais da Amazon. As vendas no varejo internacional representavam risco de prejuízo para a Amazon até a pandemia de COVID-19, que impulsionou o segmento por cinco trimestres consecutivos, mas perdeu força no relatório divulgado hoje, que mostrou um prejuízo operacional de US $ 911 milhões.
Em seu balanço, a companhia afirma que, confrontada com a escolha entre otimizar os lucros no curto prazo e “fazer o que é melhor para os clientes no longo prazo“, escolheu a última alternativa.
A Amazon diz que houve um esforço para estender sua rede de entregas desde o início da pandemia, com aumento de custos, e também afirma que enfrenta problemas de falta de pessoal, aumento nos custos salariais e “questões da cadeia de oferta global”, bem como maiores custos de frete para transportar produtos.
(Com informações da Agência Estado)