A Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, ou simplesmente Correios, teria duas gigantes interessadas na aquisição: a chinesa Alibaba Group e a norte-americana Amazon. As informações são do “O Dia”.
O grupo Alibaba e a Amazon, contudo, não teriam interesse na entrega de cartas e encomendas. O que atrai as multinacionais é a logística de entrega nacional detida pelo Correios.
Além disso, o Banco Postal, parceria dos Correios com o Banco do Brasil (BBAS3) também estaria na mira das empresas. O Banco Postal atua junto à rede de atendimento dos Correios, para intermediação de serviços bancários básicos.
Em diversos municípios brasileiros pequenos, o Banco Postal é a única opção de acesso bancário presencial.
Deste modo, as multinacionais poderiam se associar a um banco privado brasileiro para a aquisição do Correios. E o Banco Postal de municípios pequenos poderiam se tornar agências bancárias tradicionais.
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Presidente do Correios é demitido por Bolsonaro
Em um café da manhã com jornalistas no Palácio do Planalto no último dia 14, o presidente da República, Jair Bolsonaro, anunciou a demissão do ex-presidente do Correios, general Juarez Aparecido de Paula Cunha.
A justificativa do mandatário seria a postura “sindicalista” que Cunha assumiu. Apesar de planejar a oferta pública inicial de ações (IPO) da estatal, Cunha mostrava-se contra a privatização da empresa.
Em 6 de junho, durante uma audiência pública na Câmara dos Deputados, com a presença de parlamentares e sindicalistas, Cunha afirmou que somente a parte lucrativa dos Correios seria privatizada, e que o déficit seria coberto pela população. Por conta da fala, Bolsonaro o considerou “sindicalista”.
O ex-presidente havia sido nomeado ainda na gestão do mandatário anterior a Bolsonaro, Michel Temer (MDB).
Novo presidente
Bolsonaro nomeou na última segunda-feira (24) o ex-ministro da Secretaria-Geral, Floriano Peixoto, como novo presidente da estatal. Como deixou o cargo de ministro, quem assumiu seu posto foi o major da Polícia Militar, Jorge Antonio de Oliveira.
“Não devo adiantar nenhuma medida que será feita sem chegar lá [no Correios]. Eu vou contar com a lucidez, a experiência dos que lá estão, da diretoria, para estabelecermos metas de trabalho para fortalecer a empresa”, afirmou Peixoto aos jornalistas após a cerimônia de posse.