Um painel do Congresso dos Estados Unidos acusou nesta quarta-feira (7) a gigante do e-commerce Amazon (NASDAQ: AMZN) de usar “poder de monopólio” para manter sua posição de líder no segmento de comércio eletrônico no país. As informações são do “Wall Street Journal”.
O Subcomitê Antitruste da Câmara norte-americana alegou que a companhia domina o e-commerce dos Estados Unidos, dispensando a argumentação da Amazon de que sua participação no total de compras no varejo é a forma mais relevante de entender sua dominância.
De acordo com o painel, o market share da empresa nas vendas online do país chega a 39%, porém o patamar aumenta para 74% em uma variedade de categorias de produtos, conforme o documento.
O comitê detalhou como a companhia utiliza seu tamanho e sua plataforma para barrar a tentativa de entrada de novos concorrentes. O painel argumentou que a companhia acumulou “poder de monopólio” sobre os vendedores em seu site e realizou intimidações sobre parceiros, além de usar dados dos vendedores para competir com os rivais.
“A Amazon funciona como um gatekeeper do comércio eletrônico”, considerou o relatório.
O documento citou exemplos que indicam como a Amazon lançou versões copiadas de produtos vendidos por terceiros em sua plataforma. O comitê ainda acusou a companhia de bloquear a publicidade de busca em sua plataforma para concorrentes e de tentar “replicar algumas das startups com as quais se encontra ou nas quais investe”.
Nesse sentido, o subcomitê sugeriu a criação de uma legislação que poderia levar a empresa a fechar linhas de negócio, como suas marcas próprias ou segmentos de dispositivos, que competem com vendedores dentro de sua plataforma digital. A medida seria um golpe para a companhia, que desenvolveu mais de 100 mil produtos e realizou investimentos significativos nas áreas de dispositivos inteligentes, como os alto-falantes Echo.
Amazon rechaça relatório da Câmara dos EUA
Em resposta às informações publicadas no relatório, a Amazon comunicou, em postagem no seu blog, que: “Todas as grandes organizações atraem a atenção dos reguladores e apreciamos esse escrutínio. Mas as grandes empresas não são dominantes por definição, e a presunção de que o sucesso só pode ser o resultado de um comportamento anticompetitivo é simplesmente errada. ”