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Com dívidas que somam R$ 244,5 milhões, varejista Amaro pede recuperação extrajudicial

Vrejista de moda Amaro pediu à Justiça de São Paulo a homologação de seu pedido de Recuperação Extrajudicial. Foto: Maira Acayaba/Amaro/Divulgação

Amaro. Foto: Maira Acayaba/Amaro/Divulgação

A varejista de moda Amaro pediu à Justiça de São Paulo a homologação de seu pedido de Recuperação Extrajudicial, processo em que a empresa faz acordo com seus credores. A companhia soma dívidas de R$ 244,5 milhões, sendo R$ 151,8 milhões em dívidas bancárias e R$ 92,8 milhões com fornecedores.

O plano da Amaro envolve pagamentos somente de credores quirografários, os que não possuem um direito real de garantia, e adesão de 41,63% deles.

Dentre os motivos para que o pedido da Amaro seja concedido rapidamente, a companhia cita ações que sofre na Justiça, “que colocam em risco as atividades empresariais, em virtude da iminência de atos de constrição de patrimônio, falência e/ou despejo das lojas”.

A companhia pede que essas ações sejam suspensas por 180 dias com a homologação do plano.

Modelo de negócios

A companhia adota um modelo de vendas baseado no comércio eletrônico, apesar de também ter lojas físicas no País, nas quais os consumidores podem provar as peças de roupa antes de comprá-las.

As lojas físicas têm computadores para mostrar o estoque e também para fazer às vezes dos atendentes do caixa. Ou seja, as transações podem ser feitas online.

Criada em 2012, a companhia foi uma das primeiras do segmento de moda a promover esse tipo de integração do comércio físico com o digital. Porém, assim como outras empresas de tecnologia brasileiras, a Amaro foi afetada pela alta taxa de juros e a piora no consumo, devido à baixa liquidez do mercado – medida para conter o avanço da inflação no País.

A empresa já foi considerada um ativo valioso para redes de moda listadas na Bolsa. No entanto, o valor da companhia era tido como alto, o que acabou afastando possíveis compradores.

A Amaro divulgou esta nota sobre o pedido de recuperação judicial: “A empresa chega a acordo com os seus principais credores e define plano de reestruturação. Em um cenário de juros extremamente altos e retração de crédito, especialmente para o varejo, a Amaro protocolou um plano de Recuperação Extrajudicial como parte do processo de reestruturação do negócio. A empresa tem como objetivo preservar sua liquidez e adequar a sua estrutura de capital para fortalecer a operação. Além disso, visa a manutenção do relacionamento com fornecedores e parceiros. A empresa reafirma ainda seu compromisso de continuar entregando um excelente nível de serviço pelo qual é reconhecida e mantém seu posicionamento como ecossistema de lifestyle no mercado premium, focado em moda, beleza e casa.”

Com Estadão Conteúdo

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