O BTG Pactual reiterou recomendação de compra para a Alupar (ALUP11), com preço-alvo de R$ 30. Segundo o banco, a empresa é sua principal escolha no segmento de transmissão de energia. Para analistas, o início de alguns projetos deve possibilitar o pagamento de maiores dividendos no futuro.
Na última sexta-feira, a empresa informou que sua subsidiária Alupar Peru venceu uma concessão para um projeto de transmissão por 30 anos no país. A empresa já opera no Peru no segmento de geração. A concessão exigirá investimentos de US$ 39 milhões e espera-se que comece a operar em 2026.
De acordo com o BTG, taxa interna de retorno (TIR) real estimada é de 10,3%. Além disso, o projeto tem uma receita anual permitida de US$ 4,9 milhões e uma margem estimada de Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) de 80%.
“Com o início dos projetos em construção da Alupar, vemos espaço para maiores dividendos no futuro, sem mencionar a nova política de dividendos anunciada em novembro, que prevê um pagamento de pelo menos 50% do lucro líquido regulatório”, diz a equipe do BTG.
Reforçando a tese, analistas afirmam que a Alupar tem um excelente histórico de alocação de capitais, o que deixa o BTG confortável caso ela decida buscar crescimento adicional.
Alupar lucra R$ 203 milhões no 2T23
A Alupar , empresa atuante no setor de transmissão e geração de energia, registrou lucro líquido regulatório de R$ 203,1 milhões no segundo trimestre de 2023 (2T23). Esse valor representa um crescimento de mais de quatro vezes em relação ao mesmo período do ano anterior, quando a empresa registrou um lucro de R$ 50,2 milhões.
A receita líquida regulatória da Alupar no trimestre atingiu R$ 808,7 milhões, um crescimento de 15,3% em comparação ao mesmo período do ano passado.
O Ebitda totalizou R$ 680,7 milhões no período, um acréscimo de 14,3%.
Nos números contábeis (IFRS), a Alupar reportou uma receita líquida de R$ 780,2 milhões no primeiro trimestre, apresentando uma redução de 33,2%, enquanto o lucro líquido alcançou R$ 222,2 milhões, indicando um crescimento de 23,4%.
Luiz Coimbra, superintendente de relações com investidores da empresa, destacou que a melhoria no resultado financeiro foi impulsionada pelo desempenho positivo diante de um menor custo de dívida.
A empresa se beneficiou da queda na inflação nos últimos 12 meses, que teve impacto direto nos pagamentos de juros, especialmente devido ao endividamento atrelado ao IPCA.
A Alupar também informou sobre atualizações em suas operações internacionais, incluindo a situação de uma linha de transmissão na Colômbia.
Embora o cronograma tenha sido afetado por atrasos no licenciamento ambiental, a empresa já está recebendo receitas desse projeto. A linha de transmissão está agora prevista para ser concluída em julho de 2024.
Alupar: banco destaca política de dividendos
Eem relatório, o Itáu BBA cita a nova política de dividendos da Alupar, que estabelece distribuições trimestrais. Segundo analistas, a expectativa é de um rendimento total de dividendos de 4,6% ao ano, considerando o pagamento obrigatório de dividendos de 50%.
Dessa forma, a Alupar (ALUP11) continua sendo uma das preferidas do Itaú BBA no setor. Segundo analistas do banco, os resultados operacionais foram em linha com as estimativas e sua avaliação, mais atraente, faz o banco manter recomendação de compra das ações.
Cotação
Na tarde desta segunda-feira (28), as ações da Alupar crescem 0,24%, cotadas a R$ 28,72.
Cotação ALUP11