As locadoras aumentaram em 85,4% o volume de compra de veículos para aluguel de carros no segundo trimestre deste ano, mostram os dados da Associação Brasileira das Locadoras de Automóveis (Abla), obtidos junto aos órgãos públicos.
Entre janeiro e março deste ano, o volume de aquisições foi de 78.578 automóveis leves e comerciais. Nos três meses seguintes, entre abril e junho, a compra desses veículos subiu para 145.720 unidades.
Com isso, a soma de aquisição de carros para aluguel no primeiro semestre do ano representa quase a metade de tudo que foi comprado no ano passado. Ao todo, estima-se que a frota de locados seja superior a 1,2 milhão no país, um crescimento de 6% em comparação ao número do final do ano passado.
“Houve sensível melhora em relação à produção e também na redução dos prazos de entregas de pedidos feitos pelas locadoras”, disse o presidente da Abla, Marco Aurélio Nazaré. “Ao mesmo tempo, as montadoras enfrentaram queda da demanda por parte dos clientes de varejo”, avaliou o conselheiro gestor da associação, Paulo Miguel Junior.
Resultados das locadoras no 2T22
Em geral, o desempenho das empresas de aluguel de carros foi positivo no segundo trimestre deste ano, conforme balanços divulgados nas últimas semanas.
O destaque ficou com a Movida (MOVI3) que reportou um lucro líquido de R$ 187 milhões, alta de 7% em doze meses. A XP Investimentos (XPBR31) e o BTG Pactual (BPAC3) recomendaram, então, a compra dos papéis, com preço-alvo de R$ 28.
Caminho parecido teve a Localiza (RENT3), que aumentou seu lucro em 2% para R$ 456,7 milhões no período. Neste caso, as corretoras também recomendam compra, visando preço-alvo de R$ 73 e R$ 75, potencial de 15%.
A Unidas (LCAM3), outro player do mercado, oficializou neste ano sua fusão com a Localiza, criando uma gigante do aluguel de carros. O processo vinha se arrastando há algum tempo, mas foi concluído no começo de julho.
