Com alta na Selic, bancos como Santander e Itaú (ITUB4) elevam taxas do crédito imobiliário
Com a alta na taxa básica de juros (Selic), as instituições financeiras passaram a elevar as taxas cobradas para o crédito imobiliário. O primeiro banco foi o Santander (SANB11), que aumentou a taxa de a partir de 6,99% para a partir de 7,99%. Em seguida, as instituições Bradesco (BBDC4), Itaú (ITUB4) e Banco do Brasil (BBSA3) anunciaram novas tarifas.
Na análise do educador financeiro André Massaro, essa movimentação do crédito imobiliário era esperada, porque a taxa Selic dita o rumo de outras taxas no Brasil. “Isso está acontecendo com uma reação o aumento da taxa Selic e a perspectiva de mais aumentos. Então sempre lembrando que a taxa define os rumos das outras modalidades de crédito, então se a Selic sobe, todo mundo sobe.”
Em meados deste mês, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil (BC) subiu a meta para os juros básicos em 1 ponto, de 4,25% para 5,25%. Com a inflação em alta, especialmente refletida no preço dos alimentos, como arroz e feijão, e no preço dos combustíveis, a Selic pode atuar como freio nesta tendência de alta.
Segundo o educador financeiro, quando o governo aumenta a Selic, ele torna o crédito “mais caro” e dificulta o acesso aos financiamentos, pois aumentam os juros do cartão de crédito, cheque especial e empréstimos. A mensagem que se passa é de que não está na hora de comprar, tomar decisões de compra mais caras. No longo prazo, essa estratégia controla a inflação.
Veja as taxas de crédito imobiliário dos bancos:
O Santander elevou o custo mínimo do crédito imobiliário, de 6,99% para 7,99% ao ano. “O atual ciclo de elevação da Selic afeta a curva de juros no longo prazo, influenciando as taxas do financiamento imobiliário”, informou a instituição.
Já as taxas do Banco do Brasil partem agora de 6,29% ao ano indexadas à Taxa Referencial (TR). A contratação do crédito varia de pessoa para pessoa, veja:
- financiamento de até 80% para imóveis residenciais e comerciais;
- valor mínimo de financiamento: R$ 20 mil; valor máximo: R$ 5 milhões;
- mês-pula: pode-se escolher um mês por ano sem cobrança da parcela, que é diluída ao longo do cronograma da operação;
- até 180 dias para o pagamento da primeira parcela de capital;
- prazo de até 360 meses, sendo que quanto menor o prazo do financiamento, menor a taxa de juros.
O Itaú aumentou a taxa mínima da sua linha mais tradicional de financiamento de imóveis, que era de 6,9% ao ano mais a TR e subiu para a partir de 7,3% ao ano + TR.
No Bradesco, as tarifas mínimas para o crédito imobiliário passaram a ser de 6,90% ao ano desde julho. E a Caixa Econômica Federal não reajustou suas taxas. Portanto, a taxa mínima atualmente é de 7% ao ano mais TR.