Powell sinaliza alta dos juros nos EUA; Campos Neto faz o mesmo no Brasil
As bolsas mundiais operam no vermelho nesta sexta (22), volta de feriado no Brasil. Investidores repercutem a fala do presidente do Fed, Jerome Powell, que sinalizou alta de 0,5 ponto percentual nos juros dos EUA no próximo encontro, em maio. Para Powell, é “absolutamente essencial” controlar a inflação nos EUA.
Por aqui, Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central, reiterou a intenção de aumento de 1 p.p. na taxa Selic, após a reunião do Copom, nos dias 3 e 4 de maio, elevando a taxa de juros básica do Brasil para 12,7%.
Com o Ibovespa fechado pelo feriado nacional, investidores movimentaram os recibos de ações brasileiras (ADRs) em NY. Por lá, o índice EWZ caiu 2,63% ontem. Com isso, é esperado o ajuste dos valores na B3 nesta sexta.
Lá fora, a sinalização do aperto monetário pelo Fed caiu mal e o dia fechou com forte recuo dos índices: o Dow Jones recuou 1,05%, o S&P 500 caiu 1,48% e o Nasdaq perdeu 2,07%.
Presidente do BC reforça elevação dos juros para 12,75%
Em conversas com investidores nos Estados Unidos, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, reforçou que o Comitê de Política Monetária (Copom) deverá promover um aumento de um ponto porcentual na taxa Selic no próximo encontro, previsto para os dias 3 e 4 de maio.
Conforme já adiantou em outros documentos oficiais, RCN explicou que o Copom julga que a decisão de continuar a aumentar a Selic “reflete a incerteza em torno de seus cenários de inflação prospectiva, variação acima do normal no balanço de riscos e é consistente com a convergência da inflação para sua meta em todo o horizonte relevante da política monetária, que inclui 2022 e, principalmente, 2023”.
- Aperto pode aumentar. Campos Neto acrescentou que o momento exige serenidade para avaliar o tamanho e a duração dos choques atuais. “Se os choques se mostrarem mais persistentes ou maiores do que o previsto, o Comitê estará pronto para ajustar o tamanho do ciclo de aperto monetário“, avisou.
Veja o que foi dito aos investidores estrangeiros.
Weg busca protagonismo em mobilidade elétrica no Brasil
Disposta a ser protagonista em mobilidade elétrica no País, especialmente no fornecimento de motores elétricos e carregadores, a multinacional brasileira Weg (WEGE3) iniciou neste ano a produção de sistemas de baterias elétricas. Segundo Manfred Peter Johann, diretor da Weg Automação, a produção nacional é inédita e será inicialmente voltada apenas a caminhões, ônibus e embarcações.
Os primeiros veículos a receber o equipamento serão dez ônibus elétricos que vão circular em Sorocaba (SP). O “pack” envolve módulos de baterias, células de íons de lítio e tubos de refrigeração. As células são importadas por não existir produção local, outros itens são nacionais.
- Investimento alto. O diretor não revela o investimento da Weg no projeto, mas a operação está inserida no programa de aplicação anual de 2,7% da receita operacional líquida da multinacional. A projeção é investir R$ 1 bilhão este ano.
Veja mais informações sobre a iniciativa da Weg.
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