Dólar em alta devido a incertezas na guerra comercial e na retomada da Saudi Aramco
O dólar opera em alta nesta segunda-feira (23) com novas informações sobre a guerra comercial, Saudi Aramco, direitos creditórios da Petrobras e Thomas Cook.
Por volta das 9h30, o dólar registrava variação positiva de 0,282% sendo negociado a R$ 4,1634. O mercado está atento aos resultados das negociações preliminares da semana passada entre EUA e China.
Além disso, segue no radar dos investidores as notícias sobre a retomada da produção da petroleira Saudi Aramco, reforço do caixa da Petrobras e encerramento das atividades da Thomas Cook.
Disputa comercial
No final do último domingo (22), o Ministério do Comércio da China afirmou que foram mantidas “conversas construtivas” em Washington.
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Entretanto, após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmar que quer um acordo “completo” com a China, e não um que inclua apenas o segmento do agronegócio, a delegação chinesa desistiu de visitar as fazendas norte-americanas. O setor agro é uma das pautas mais importantes nas negociações entre as duas potências.
Esse desfecho das negociações da última semana gerou preocupações pois existe a expectativa de um acordo provisório antes das eleições presidenciais do ano que vem.
Produção da Saudi Aramco pós atentado
De acordo com o jornal “The Wall Street Journal”, a retomada da produção de petróleo pela Saudi Aramco, maior petroleira do mundo, poderá demorar mais que o previsto após os ataques terroristas do dia 14 de setembro.
Segundo o jornal norte-americano, a retomada poderá demorar alguns meses ao invés de 10 semanas. Executivos da companhia estatal da Arábia Saudita estão em negociações emergenciais com provedores e oferecem pagamentos extras para agilizar a retomada da produção.
No entanto, o CEO Amin Nasser, no último sábado (21), salientou que a produção deverá voltar ao nível pré-crise no final deste mês.
“Nem um único envio aos nossos clientes internacionais foi atrasado ou cancelado devido aos ataques”, afirmou o presidente. A Saudi Aramco pretende voltar a operar na capacidade máxima em dois meses.
Direitos creditórios da Petrobras
Na última sexta-feira (20), a Petrobras (PETR3; PETR4) fechou um contrato de cessão de direitos creditórios com a Eletrobras (ELET3; ELET5; ELET6), portanto, receberá de forma antecipada cerca de R$ 8,4 bilhões.
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De acordo com a Petrobras, os recursos são referentes aos recebíveis da Eletrobras reconhecidos nos Instrumentos de Assunção de Dívidas (IADs). Esses IADs são relativos à integralidade das dívidas confessadas em 2014 pelo Sistema Eletrobras, com vencimento original até janeiro de 2025.
A conclusão do processo, com a entrada dos recursos no caixa da Petrobras, está prevista para os próximos dias, mas está sujeita ao cumprimento de condições precedentes comuns a esse tipo de transação.
Fim das operações da Thomas Cook
Uma das maiores operadoras de turismo do mundo, a Thomas Cook, declarou que encerrou suas atividades na manhã desta segunda-feira (23).
O fim das operações da empresa vai acarretar na paralisação das atividades de quatro companhia aéreas e na dispensa de 21 mil colaboradores em 16 países. A operadora tinha aproximadamente 600 agências de viagens em todo o Reino Unido.
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A Thomas Cook enfrentava problemas financeiros há alguns anos, o que foi fortemente agravado com a demanda menor por viagens ao exterior. Em maio, as dívidas totais da companhia somavam 1,25 bilhão de libras esterlinas (mais de R$ 6,45 bilhões na cotação atual).
Última cotação do dólar
Na última sessão, sexta-feira (20), o dólar encerrou em queda de 0,257%, sendo negociado a R$ 4,1535.