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Fundos de investimento podem se beneficiar da alta do dólar; saiba como aproveitar

Dólar

Dólar. Foto: Unsplash

O dólar já acumula uma variação positiva de mais de 17% diante do real em 2024. Nas últimas semanas, a alta da moeda norte-americana esteve no centro das discussões do mercado, em meio ao cenário de forte volatilidade provocado pelas eleições presidenciais nos Estados Unidos. Para os investidores, a alta da divisa pode trazer alguns desafios, mas também oportunidades para algumas classes de ativos.

Ao olhar para os investimentos, a alta do dólar impacta diversas classes de ativos e pode beneficiar setores que geram receita em moeda estrangeira, como empresas exportadoras e ligadas a commodities. Além disso, o cenário também é vantajoso para os investidores que possuem parte do patrimônio em ativos atrelados à moeda norte-americana.

Fundos de investimento podem ser estratégicos

O cenário de alta do dólar pode ser bastante positivo para os fundos de investimentos que possuem exposição ao mercado norte-americano, como os ETFs globais. Esses ativos consistem em fundos negociados em bolsa que permitem que os investidores acessem uma cesta diversificada de ativos internacionais, incluindo ações, títulos e commodities de mercados estrangeiros.

De acordo com Raquel Zucchi, head de research da Investo, o cenário de alta do dólar implica em uma vantagem dupla para aqueles que investem em ativos como os ETFs globais. “Os investidores brasileiros que têm ETFs globais recebem não só os ganhos da valorização das empresas estrangeiras, mas também os benefícios da valorização do dólar”, explica ela.

Além disso, esses ativos são estratégicos para os investidores que querem reduzir os riscos do portfólio, por meio da diversificação da carteira, e aproveitar o bom momento do mercado estadunidense. 

Em 2024, o INVESTO USTK (USTK11), ETF da Investo que acompanha o desempenho das principais empresas de tecnologia dos Estados Unidos, acumula uma variação positiva de 52,46%, enquanto o Ibovespa, principal índice acionário da bolsa brasileira, opera no vermelho no acumulado do ano.

Além dos ETFs globais, os fundos de investimento que possuem um portfólio diversificado, com ativos de diferentes setores, também podem ser estratégicos em momentos de dólar elevado. Isso porque, enquanto alguns segmentos são prejudicados pela valorização da moeda norte-americana, outros podem se beneficiar, como é o caso das commodities, por exemplo.

Em outubro, em meio a um recuo de 1,6% do Ibovespa, os fundos sistemáticos da AZ Quest, que possuem alta diversificação, encerraram o mês no campo positivo. 

“O mercado global oscilou, com o mercado de ações nos EUA pressionado pela perspectiva de juros mais altos até 2025 e as eleições americanas, enquanto a renda fixa refletiu instabilidade. No Brasil, a incerteza fiscal acentuou a volatilidade no câmbio e juros futuros, afetando setores de commodities, mas favorecendo ações do mercado doméstico. Os fundos da AZ Quest, como o Bayes Sistemático Ações (+0,93%) e o Bayes Long Biased Sistemático (+2,3%), superaram o Ibovespa (-1,6%), beneficiando-se de fatores Long Short e Long Only, especialmente nos segmentos de Valor e Crescimento”, destaca a carta mensal publicada pela casa.

Alta do dólar vai continuar?

Aqui no Suno Notícias, já mostramos quais são os fatores que estão causando a alta do dólar. De acordo com a head de research da Investo, o cenário de volatilidade deve continuar, o que reforça a importância de estratégias de diversificação do portfólio e proteção do patrimônio.

“Com incertezas fiscais no Brasil e o cenário eleitoral nos EUA, que elegeu recentemente o presidente Trump, o dólar deve seguir volátil. […] Em vez de tentar prever o movimento da moeda no curto prazo, uma abordagem estratégica é manter aportes regulares, aproveitando as vantagens da exposição cambial ao longo dos ciclos econômicos”, finaliza Zuchhi.

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